Avaliação de Cafés Especiais: Metodologia Acessível para Pequenos Produtores é Avanço na Cafeicultura.

Agregar valor nunca esteve tão próximo dos cafeicultores. Nova metodologia de análise facilita a avaliação da qualidade do café e permite o treinamento de equipes dentro das propriedades, cooperativas e estabelecimentos comerciais.

Avaliação de Cafés Especiais: Metodologia Acessível para Pequenos Produtores é Avanço na Cafeicultura.

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A avaliação de cafés especiais e posicionamento desses produtos pode ser um divisor de águas nas propriedades cafeeiras brasileiras. Especialmente naquelas lavouras familiares, que entregam um volume menor ao mercado e precisam de mais rentabilidade.

Nesse caso, os cafés especiais podem ser uma forma de selecionar a totalidade ou parte da produção para um manejo mais qualificado em busca de um produto de alto valor agregado e validado de forma profissional.

Um dos desafios de apresentar um produto de qualidade a ser posto à prova social em concursos, por exemplo, é a contratação da avaliação especializada. Que pode onerar e atrasar demais o processo, inviabilizando os investimentos ao longo do tempo.

Avaliação de Cafés Especiais: Nova Metodologia mais Acessível

Pesquisadores desenvolveram uma metodologia que torna possível a avaliação da qualidade do café e não exige a presença de profissionais em métodos sensoriais descritivos.

As dificuldades encontradas para a avaliação dos cafés durante a pandemia motivaram a adaptação do processo de avaliação e foram a base do desenvolvimento dessa nova proposta, que inclui consumidores e funcionários na equipe de provadores.

“As metodologias oficiais exigem diversas instâncias de avaliação, todas feitas por especialistas. Com essa alternativa, tornamos os testes mais simples e qualquer pessoa, com paladar e olfato apurados, pode participar”.

Sônia Celestino, pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) e uma das responsáveis pela pesquisa.

O novo método, além de incorporar pessoas da produção no processo de avaliação, oferece menores custos e também um tempo bastante reduzido, já que não demanda Institutos de Pesquisa, Universidades etc. Ao contrário, leva a avaliação para dentro de cooperativas, propriedades e estabelecimentos comerciais.

“As cooperativas, por exemplo, podem montar sua própria equipe de provadores para analisar seus cafés. Assim, eles terão uma avaliação que forneça informações sobre um determinado grão, para saber se vale a pena inscrevê-lo em um concurso, por exemplo”.

Sônia Celestino, pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF).

Manual de Análise Sensorial Descritiva de Café

A descrição do procedimento de avaliação detalhado fase por fase, desde o recrutamento e seleção dos provadores, descrição dos materiais necessários, preparo das amostras e consolidação das notas dos grãos avaliados, foi consolidado em um guia que estabelece uma metodologia adaptada da Análise Descritiva Quantitativa (ADQ), que é o método Perfil Descritivo Otimizado (PDO).

“A primeira requer um treinamento mais longo e constante. Já a segunda pode ser feita com uma equipe semitreinada, composta por pessoas que fazem parte da própria empresa ou consumidores que estão acostumados com a bebida, o que facilita sua aplicação.”

Lívia de Oliveira, professora do Departamento de Nutrição da UnB.

O Manual de Análise Sensorial Descritiva de Café, desenvolvido a partir da dissertação de mestrado de Manuella Nascimento, no Departamento de Nutrição da UnB, sob orientação da professora Lívia de Oliveira e de Sônia Celestino, está disponível para download gratuito e serve de base para o treinamento das equipes de avaliação.

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