Cultivo de pirarucu promove economia e segurança alimentar no Amazonas
Estudo detalha a produção sustentável do peixe gigante em Iranduba, no estado do Amazonas, destacando a relevância da aquicultura para o desenvolvimento regional.

O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do mundo, historicamente crucial para as comunidades amazônicas, garantindo sua segurança alimentar e a manutenção da biodiversidade. Seu intenso valor econômico, porém, motivou a exploração descontrolada da espécie ao longo dos séculos, uma realidade que demonstrou a necessidade de novas abordagens produtivas.
O histórico de sobre-exploração levou a espécie a ser considerada em risco de extinção. Essa situação resultou na criação de rigorosas restrições de pesca, como a definição de um tamanho mínimo de captura de 150 centímetros e a proibição completa durante o período de reprodução, conhecido como defeso.
Aquicultura: Alternativa para o Estoque Natural
A alternativa consolidada para a pressão sobre os estoques naturais tem sido o cultivo do peixe em cativeiro. Um levantamento recente, realizado no âmbito do Projeto Integrado da Amazônia e publicado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, focou na caracterização das propriedades produtoras e nos custos de produção no município de Iranduba, com o objetivo de otimizar a atividade.
O estudo demonstra o potencial de conexão entre a preservação e a atividade econômica:
- A análise detalhada da estrutura produtiva pode ser explorada para ampliar a contribuição da piscicultura na produção de alimentos para a população amazônica, aumentando o impacto social do agronegócio.
- A atividade se alinha diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) globais relacionados à promoção de trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8).
Foco na Continuidade de Negócios
A pesquisa setorial e de custos demonstra que a aquicultura sustentável está intrinsecamente ligada à continuidade do negócio e à preservação ambiental. Ao oferecer uma fonte de renda estável e legal ao produtor rural, ela reduz a dependência da pesca predatória, garantindo tanto a subsistência quanto a conservação da espécie.
O cultivo do pirarucu é uma rota concreta para o produtor que busca:
- Integrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade, cumprindo o ODS 12 (Produção e Consumo Responsáveis).
- Apoio de instituições de fomento e pesquisa, como FAPEAM, IDAM, Secretaria de Produção Rural e Embrapa, que estão envolvidas no projeto.
O modelo de propriedade analisado sugere que o investimento em aquicultura de espécies nativas, como o pirarucu, é um caminho para conciliar o avanço econômico do setor com a responsabilidade ecológica na região.
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