Custos, Demanda e a Dieta dos Brasileiros
Carne suína e frango são fontes de proteína animal que compõem os cardápios, em substituição à carne bovina. A queda de custos de produção pode ampliar o potencial benéfico da demanda elástica no consumo.
Mesmo em tempos de inflação controlada, a relação entre preços e demanda continua existindo. Porém, agora, o consumidor pode escolher.
Uma excelente notícia para os consumidores brasileiros: um estudo que demonstrou a queda dos preços da carne de frango e suínos. Segundo o estudo da Embrapa a queda foi mais acentuada na carne de porco, mas a tendência de redução foi comum aos dois segmentos.
Os efeitos esperados, claro, são o aumento de consumo das proteínas de frango e porco. Mas isso pode ir ainda mais longe. O impacto dos custos de produção produzem diversos efeitos na economia a curtíssimo, curto, médio e longo prazos.
Um dos efeitos é a chamada demanda elástica, quando o consumo é afetado pela variação (neste caso) da renda. Produtos historicamente mais baratos, de demanda elástica, podem ampliar mercados quando seus custos de produção caem. Pois ficam ainda mais atrativos e podem abrir novas fronteiras de consumo.
Carne suína e frango são fontes de proteína animal que compõem os cardápios, em substituição à carne bovina.
A carne bovina tem maior valor agregado e um ciclo produtivo bem mais longo. Isso impacta diretamente os custos de produção e aciona a elasticidade da demanda. Quando a renda cai, o consumo do produto diminui.
As fontes alternativas como o porco e o frango vêm na contramão. Quando a renda cai, seu consumo aumenta, em substituição à proteína bovina. Com a queda nos custos de produção, a tendência é de preços ainda menores aos consumidores.
Preços menores nos produtos de substituição, além de aumentarem o poder de compra, podem influenciar positivamente no aumento de consumo de proteína dos brasileiros.
Custos de Produção e Demanda Caminham Juntos
Trabalhar os custos de produção juntamente com os conceitos de demanda, pode fazer a diferença na vida da população. Enriquecer a dieta dos brasileiros com fontes alternativas de proteínas (como a carne de frango ou suína), pode gerar impactos altamente positivos.
Por exemplo, nos atendimentos de saúde, onde uma dieta mais saudável pode melhorar os indicadores de saúde da população, especialmente no longo prazo. Um olhar atento aos conceitos de economia, em consonância com o setor produtivo, pode gerar efeitos altamente benéficos às pessoas, com grande capilaridade e alcance.
A relação entre a substituição da carne bovina pela carne de frango ou suínos, utilizados como exemplo, ajuda a entender como os custos de produção podem potencializar os efeitos da demanda elástica. Mas também são índices do quanto ainda pode ser melhorado, quando solucionados outros gargalos crônicos que afetam os custos produtivos.
Alimentos saudáveis e mais baratos movimentam a economia, geram arrecadação, emprego, renda e ainda retiram a pressão dos aparelhos públicos.
Além disso, dão ao consumidor o controle sobre sua vida. Pois ele escolhe o que cabe em seu orçamento, com ofertas de substitutivos à altura. Ou seja, sem que a escolha seja constrangedora. Ao contrário, passa a ser apenas uma opção de consumo. O que traz uma sensação de alívio, especialmente para os consumidores mais afetados pela variação de renda.
Por isso, custos, demanda e a dieta dos brasileiros, devem aparecer na mesma frase e nos mesmos planos.