Diárias do Cepea/Esalq USP: 1 de dezembro de 2025
Preços agrícolas variam: mandioca recua, soja atrasa plantio, milho sobe e feijão mantém queda.

Mandioca
Aumento da oferta reduz preços em novembro
Em novembro, os preços da mandioca voltaram a cair. O motivo principal foi a maior oferta da raiz, resultado de condições climáticas favoráveis e da necessidade de liquidez entre produtores. A produção superou a demanda das indústrias, pressionando a média mensal após dois meses de alta. Para as próximas semanas, o cenário tende a se intensificar: agricultores devem acelerar as entregas, enquanto fábricas se preparam para paradas de manutenção e o recesso de fim de ano.
Soja
Chuvas irregulares atrasam o plantio e geram incerteza
O plantio da soja 2025/26 avança em ritmo mais lento que o da safra anterior. A irregularidade das chuvas nos últimos meses explica o atraso: excesso de umidade no Sul dificulta o acesso às lavouras, enquanto no Centro-Oeste e Matopiba a falta de precipitação atrapalha o trabalho no campo. Apesar de alguma melhora recente nas condições climáticas, a produtividade ainda gera dúvidas. Segundo a Conab, até 22 de novembro apenas 78% da área nacional estava semeada, contra 83,3% no mesmo período de 2024.
Milho
Demanda doméstica aquecida impulsiona cotações
A demanda interna por milho ganhou força na última semana, elevando os preços em diversas regiões. Consumidores que aguardavam quedas voltaram às compras para recompor estoques antes do fim do ano, período marcado por menor liquidez devido à paralisação de transportadoras. Do lado da oferta, produtores limitam entregas imediatas, atentos à semeadura da safra de verão e ao movimento do mercado. Exportações em bom ritmo também sustentam as cotações. Ainda assim, fatores como a entrada da safra norte-americana e estoques elevados no Brasil podem conter novas altas nos próximos meses.
Feijão
Preços recuam em novembro sob pressão da demanda
Novembro foi de queda para os preços do feijão carioca e do preto. A demanda fraca, restrita à reposição de estoques, pressionou os valores. No caso do carioca, a maior oferta vinda do Sudoeste Paulista acentuou a baixa, sobretudo para os lotes de melhor qualidade. Já o feijão preto registrou recuos mais intensos, influenciados pela proximidade da nova safra e pela liquidação de estoques. Até 22 de novembro, a semeadura da primeira safra nacional havia alcançado 50,8% da área prevista.
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