Fábrica de Bioinseticida Pode Faturar até 18 milhões de Reais Anuais, Aponta Estudo da Embrapa.

Além da Biotecnologia, Embrapa Fornece um Plano de Negócios que Pode Mudar os Rumos da Biotecnologia Voltada ao Agronegócio, Falando a Língua dos Investidores: Viabilidade Econômica.

Faturamento de Fábrica de Bioinsumos

Siga Nossas Redes

Siga o Agro Sustentar no Whatsapp. Canal GRATUITO de notícias e informações do AGRO diretamente em seu smartphone, com SEGURANÇA e PRIVACIDADE.

Investimento inicial de cerca de R$ 2,1 milhões, faturamento anual de até R$ 18 milhões, tempo de retorno do investimento em seis meses, e Retorno sobre Investimento (ROI) de 1,64. São os dados de um estudo da Embrapa Milho e Sorgo para viabilização econômica de uma fábrica de bioinsumos.

O plano de negócios foi desenvolvido para verificar a viabilidade financeira e econômica da produção da bactéria Bacillus thuringiensis. Microorganismo amplamente utilizado para o combate de insetos-praga de culturas como milho, soja e algodão. As duas primeiras, commodities responsáveis por R$ 451 bilhões de reais em valor de produção e 284 milhões de toneladas colhidas (IBGE, 2024).

O volume e a importância das culturas que se beneficiam do uso do Bacillus thuringiensis justificam a busca pela viabilidade econômica dos bioinsumos, bem como escalar a produção para baratear custos e dar capilaridade à distribuição. Além disso, atrar ium adicional de valor às cadeias produtivas e reputação ao agro brasileiro, com o uso de biotecnologias mais sustentáveis de menor risco às plantas, meio ambiente e consumidores.

“Esses acessos de microrganismos, principalmente Baculovirus e Bacillus thuringiensis, têm sido amplamente caracterizados quanto ao potencial de uso para o desenvolvimento de novos bioinseticidas, que sejam eficientes no controle de insetos-praga em culturas agrícolas, como o milho, a soja e o algodão.  O uso de bioinseticidas é uma alternativa mais sustentável para o controle de insetos-praga, uma vez que não apresenta riscos ao ambiente e à saúde humana e animal”.

Maria Marta Pastina, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo.

A Embrapa conta com uma coleção com cerca de 11 mil acessos de microrganismos, como Baculovirus e Bacillus thuringiensis, com potencial para desenvolvimento de novos bioinseticidas. O que dependeria de uma rede de biofábricas para dar capilaridade à produção e distribuição dos bioinseticidas, fazendo com que as soluções chegassem a todas as regiões produtivas.

O plano de negócios desenvolvido pela Embrapa, conta com o apoio do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), e deve auxiliar o desenvolvimento e ampliação do uso de bioinsumos, visando fortalecer a bioeconomia e a sustentabilidade da agricultura brasileira, através do desenvolvimento de um mercado fornecedor com vistas à lucratividade, como forma de atrair investimento.

“Contemplamos o custo de uma biofábrica de 120 m² para a produção de insumos a serem aplicados em diferentes culturas, desde commodities, como o milho, a soja e o algodão, até o setor de hortifrutigranjeiros”.

Sinval Resende Lopes, engenheiro-agrônomo do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Entres os principais pontos para a implantação e sucesso das biofábricas de Bacillus thuringiensis (Bt), estão:
  • Qualidade e Contaminação: Garantir a produção de insumos biológicos de alta qualidade, isentos de contaminação com microrganismos nocivos ao ambiente ou à saúde humana e animal.
  • Capacitação de Profissionais: Formar profissionais qualificados para o desenvolvimento, produção e uso de insumos biológicos.
  • Parcerias Empreendedoras: Captar novos parceiros com perfil empreendedor interessados em instalar novas biofábricas.
  • Inteligência Competitiva e Assessoria Técnica: Necessidade de suporte técnico e inteligência competitiva para controle de qualidade e execução do projeto.

“Assim, a partir desse projeto, a Embrapa Milho e Sorgo busca contribuir para o desenvolvimento de insumos biológicos de alta qualidade, isentos de qualquer contaminação com microrganismos que sejam nocivos ao ambiente ou à saúde humana e animal. Além disso, o projeto também busca contribuir com a geração de novas oportunidades de trabalho e de empreendedorismo para o desenvolvimento regional e nacional de uma agricultura mais sustentável”.

Maria Marta Pastina, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo.

Siga Nossas Redes

Siga o Agro Sustentar no Whatsapp. Canal GRATUITO de notícias e informações do AGRO diretamente em seu smartphone, com SEGURANÇA e PRIVACIDADE.

Posts Similares