Manga Palmer Produzindo 41t/ha, no Semiárido Brasileiro. Irrigação Eficiente e Economia de Água.

Pesquisadores Apresentam Estudo que Comprova o Impacto de um Manejo bem Planejado em Condições de Cultivo Adversas: Maior Produtividade com Mais Economia.

Manga Palmer Produzindo. Imagem: Istockphoto.com

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O semiárido brasileiro é um cenário desafiador para a agropecuária. Mas as pesquisas têm desenvolvido tecnologias de manejo capazes de mitigar e até “driblar” riscos, como aqueles relacionados à estiagem.

As práticas recomendadas nesses estudos buscam preencher os requisitos de sustentabilidade (econômico, ambiental e social), tendo a eficiência produtiva com maior economia de recursos naturais como premissas, para gerar menos impacto e mais rentabilidade ao produtor.

Neste contexto, uma nova contribuição de manejo, apresentada pela Embrapa Semiárido (PE), vai impactar os Pomares de manga Palmer, no Submédio do Vale do São Francisco. O processo adotado no estudo resultou maior produtividade, com economia de até 31% no consumo de água na irrigação.

Estudo Considerou Variedades, Solo e Coeficiente de Cultivo

A pesquisa foi conduzida em dois ciclos produtivos, em áreas comerciais, considerando:

  • balanço de radiação;
  • energia;
  • evapotranspiração;
  • coeficientes de cultivo;
  • variedades de mangueira Palmer e Kent;

O coeficiente de cultivo (Kc) demonstra quanto a cultura está consumindo de água em relação às condições potenciais de evapotranspiração, variando conforme a fase de desenvolvimento da planta e considerando as condições de solo e manejo.

Esse dado foi fundamental para a pesquisa, já que as variedades (Palmer e Kent) reagem de formas diferentes aos estímulos ambientais, enquanto os solos interagem de formas distintas com a irrigação. Os arenosos, por exemplo, possuem alta drenagem, o que adiciona mais variáveis à equação.

 “Ao comparar a quantidade de água aplicada com a evapotranspiração nos pomares, identificamos que os produtores estão usando mais água do que o necessário na variedade Palmer”.

Magna Moura, pesquisadora da Embrapa.

Manga Palmer Produzindo 41 Toneladas por Hectare

O trabalho controlou a irrigação de modo a gerar economia de água sem renunciar à produtividade. Já que o excesso de irrigação pode drenar os nutrientes para camadas mais profundas do solo, prejudicando a produtividade das plantas.

“A mangueira requer ajustes precisos no manejo hídrico em determinadas fases do ciclo produtivo. No Vale do São Francisco, técnicas como poda, uso de reguladores vegetais e controle da irrigação são fundamentais para estimular e concentrar a floração. Durante a fase de floração, uma leve redução na irrigação é essencial para induzir um estresse hídrico controlado, o que favorece a produção de mangas ao longo do ano no Semiárido”.

Magna Moura, pesquisadora da Embrapa.

Manejo de irrigação na Manga Palmer

  • Estresse hídrico controlado durante a fase de indução floral elevou a produtividade média a 41 toneladas por hectare;
  • Consumo médio de água durante um ciclo completo de produção, desde a poda até a colheita, foi de 1,4 litro;
  • Os valores médios de Kc: 0,81 na fase de crescimento vegetativo, 0,76 durante o repouso e maturação dos ramos, 0,85 na indução floral, 0,90 na floração, 0,95 no desenvolvimento dos frutos e 0,91 na fase de maturação.

Manejo de Irrigação na Manga Kent

  • Os valores médios de Kc: 0,80 na fase de crescimento vegetativo, 0,76 durante o repouso e maturação dos ramos, 0,97 na indução floral, 0,85 na floração, 0,80 no desenvolvimento dos frutos e 0,74 na fase de maturação.

A pesquisa revelou que a correta aplicação dos coeficientes de cultivo é essencial para a produtividade máxima com economia de recursos naturais. Já que é a base da otimização do uso da água, cujo manejo adequado garante qualidade em todas as fases do desenvolvimento das cultivares.

Desta forma, contribui para produzir mangas de alta qualidade (exportação ou consumo interno) reduzir riscos climáticos típicos do semiárido, adequar processos produtivos aos solos arenosos e adicionar valor reputacional ao agro brasileiro.

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