Melhoramento Genético dos Tomateiros: Estudo Induziu Florescimento Rápido com Maior Quantidade de Frutos.

Pesquisadores de diversos países participaram de um estudo que demonstra o impacto do fitormônio estrigolactona no florescimento e produção de frutos do tomateiro. O que abre possibilidade de encurtamento de ciclo e melhora na produtividade.

Melhoramento Genético dos Tomateiros: Mais Frutos e Ciclo Menor. Imagem: Istockphoto.com

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O melhoramento genético dos tomateiros ganhou um novo capítulo a partir de uma pesquisa realizada com a colaboração de cientistas brasileiros, italianos, franceses e do Instituto de Botânica Experimental da Academia de Ciências Tcheca (República Tcheca).

O estudo, que contou com a participação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e foi publicado na revista PNAS, demonstrou os impactos dos estrigolactonas na fase reprodutiva do tomateiro, influenciando o florescimento e a produção de frutos das plantas.

O fitormônio estrigolactona, identificado em 2008, sempre foi associado ao desenvolvimento da planta. No entanto, os resultados desse novo trabalho indicam que o ciclo produtivo pode ser beneficiado pelo hormônio, com reflexos diretos na produção de tomates.

Na prática, o conhecimento dessa dinâmica pode ajudar no gerenciamento do tempo de frutificação da planta com influência direta no ciclo produtivo, aumentando a produtividade da cultura com redução de riscos.

Melhoramento Genético dos Tomateiros

Os pesquisadores analisaram dois grupos distintos de plantas: 1 lote geneticamente modificado para apresentar comprometimento na produção de estrigolactona; e outro com uma versão sintética do fitormônio.

“Demonstramos que as estrigolactonas controlam de maneira bem pronunciável o florescimento de tomateiro, regulando a via do microRNA319 e os níveis de giberelinas [substâncias responsáveis pela germinação de sementes nas plantas]”.

Fábio Tebaldi Silveira Nogueira, pesquisador do Laboratório de Genética Molecular do Desenvolvimento Vegetal do Departamento de Ciências Biológicas da Esalq-USP e coordenador do trabalho.

Os vegetais com a produção do hormônio comprometida apresentaram maior tempo de florescimento, enquanto os que receberam uma versão sintética do hormônio tiveram o florescimento mais rápido com maior quantidade de frutos.

“Quando a quantidade de estrigolactona é aumentada tanto na folha quanto no meristema [tecidos], a planta tende a reduzir os níveis de giberelina e aumentar a quantidade desse microRNA.”

Fábio Tebaldi Silveira Nogueira, pesquisador.

Impactos na Produtividade

Com o aumento da produtividade e ciclos mais curtos a produção de tomate ganha em volume de produção sem abertura de novas áreas. O que, combinado com outras ações como a melhora na resistência dos frutos ao transporte, pode reduzir as perdas, melhorar a rentabilidade aos produtores com queda de preços aos consumidores.

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