Incêndios e Falta de Chuvas: Plantio da Soja Prejudicado na Safra 2024/25. Permanência do La Niña Também Impacta.

Diversos fatores climáticos e ambientais prejudicaram o plantio da soja brasileira e limitaram o crescimento da área para a safra 2024/25. Previsão é de 46,3 milhões de hectares.

Plantio da Soja Prejudicado na Safra 2024/25. Imagem: Istockphoto.com

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Plantio da soja prejudicado por fatores ambientais e climáticos, segundo o relatório publicado pelo USDA. Safra 2024/25 enfrentará novos desafios, frente aos acontecimentos da temporada 2023/24, mas de igual complexidade e impacto.

O avanço das colheitas tem sido uma dor de cabeça para as projeções de safra, já que os produtores seguem com muita cautela por conta dos fatores ambientais e climáticos que estão interferindo negativamente no planejamento das fazendas.

Até o dia 14 de outubro a semeadura da soja havia avançado apenas 8,2% no Brasil (USDA), uma taxa de plantio cuja lentidão não se via desde 2021. Para se ter uma ideia do atraso, para o mesmo período na safra 2023/24 a taxa era de 17% de avanço.

Plantio da Soja Prejudicado no Brasil

A região que mais impacta no atraso no plantio é o Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil com cerca de 29% da produção nacional (USDA, 2024). O volume de produção e área do Estado tem grande influência no andamento e resultado da lavoura.

Os mato-grossenses enfrentam grandes desafios para seguir com força na semeadura da soja. Algumas áreas agrícolas foram afetadas pelos incêndios, que limitaram a porção de terra adequada. Mas a principal razão dos atrasos foi o regime de chuvas.

A falta de precipitação ou seu volume reduzido frustrou as expectativas dos produtores, que preferiram adotar a cautela. As lavouras de soja exigem um acúmulo de chuva de 35 a 50 mm para o plantio, porém o volume acumulado pelo Mato Grosso ficou entre 10 e 20 mm.

Outros Estados produtores também retardaram a semeadura pelo regime inadequado de chuvas. Embora a área prevista para as lavouras esteja em 46,3 milhões de hectares para 2024/25 (número acima da área 2023/24), a safra guarda incertezas quanto à produtividade, pelo atraso do plantio.

La Niña permanece no Brasil

O La Niña permanece no Brasil, segundo os dados do NOAA, com especial impacto nos Estados do Sul, trazendo instabilidade nos regimes de precipitação, o que exige um planejamento preciso das lavouras.

O Paraná, segundo maior produtor de soja do Brasil com 14% da produção (USDA, 2024), ao contrário dos mato-grossenses, está com taxa de plantio bastante avançada. Até 14 de outubro eram 36% de avanço do plantio, a maior taxa desde a temporada 2018/2019, impulsionada pelas chuvas de setembro, que garantiram as condições para o início da safra 2024/25 no Estado.

O avanço mais rápido da semeadura está sendo observado em áreas de soja de primeira safra e algodão ou milho de segunda temporada, já que um atraso no plantio pode representar a inviabilidade da segunda cultura, especialmente o algodão.

Ao contrário da temporada 2023/24, quando os produtores, pelo excesso de chuvas trazido pelo El Niño, atrasaram os plantios com receio de uma janela de segunda safra muito apertada, na safra 2024/25 houve adiantamento do plantio em algumas regiões.

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