Nova Tecnologia Permite Identificação de Leite LINA com Precisão, na Fazenda e a Baixo Custo.
Equipamento desenvolvido pela Embrapa ajuda a classificar o leite entre Normal, LINA e Ácido, com precisão, no local de produção e a baixo custo. Multifuncionalidade da ferramenta é trunfo da cadeia produtiva do leite.
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O SondaLeite é um equipamento desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP), em parceria com a Embrapa Clima Temperado (RS), com o apoio da Dairy Equipamentos, que faz a classificação do leite cru com precisão e baixo custo, ainda no local de produção.
A tecnologia de análise permite identificar o leite como normal, Lina ou ácido, e preenche uma lacuna importante na cadeia produtiva leiteira, com relação à falta de soluções de análise do leite que sejam mais eficientes e viáveis economicamente, em relação aos métodos tradicionais.
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Características Desejáveis do Leite
Os testes tradicionais, como o de Álcool ou Alizarol, são feitos para avaliar a qualidade do produto quanto à acidez e à estabilidade térmica, conforme a Instrução Normativa 76, de 26/11/2018.
Para ser considerado estável e aceito pela indústria o leite deve apresentar as seguintes características:
- mínimo de 3% de gordura;
- 2,9% de proteína;
- 8,4% de extrato desengordurado;
- estável ao álcool ou alizarol a 72%;
A identificação do LINA é desafiadora para a cadeia leiteira, já que o diagnóstico pode ser falso positivo devido a condições de acidez características do leite, agitação dos tanques de resfriamento inadequadas e teste realizado logo após a ordenha.
LINA (Leite Instável Não Ácido) é uma alteração na qualidade do leite resultante do desequilíbrio no sistema de produção. A principal alteração identificada é a perda da estabilidade da caseína ao teste do álcool, resultando em precipitação positiva, sem haver acidez elevada (acima de 18ºD). (Zanela, 2004).
Os falsos positivos resultam em recusa do leite por parte da indústria, gerando perdas e aumento de custos a toda a cadeia produtiva, especialmente aos produtores menores, cujos prejuízos comprometem a viabilidade financeiras das propriedades.
SondaLeite
A demanda por eficiência nas análises, eliminação da interferência humana, incertezas dos diagnósticos e redução dos prejuízos da cadeia leiteira, especialmente para os pequenos produtores, ajudou a modelar o SondaLeite.

O equipamento portátil leva uma câmera de medição; sistema óptico com diodo emissor de luz (LED, na sigla em inglês) e computador embarcado. Funciona como uma sonda e seus feixes de luz são captados por componentes semicondutores, permitindo a avaliação de amostras líquidas.
“Ao incidir sobre o leite, partes destas luzes são absorvidas e partes refletidas. As luzes refletidas são detectadas e convertidas em sinais elétricos, que são armazenados na memória do computador embarcado no SondaLeite. Estes dados coletados formam o espectro do leite, que é submetido à análise estatística. O resultado indica, então, a condição de estabilidade do leite”. Washington Luiz de Barros Melo, pesquisador da Embrapa.
Solução Multitarefas
O SondaLeite é altamente versátil, além de monitorar a qualidade do leite pode ser utilizado para detectar mastite e também adulterações do leite. Bastando apenas a inclusão de elementos na instrumentação do aparelho.
A ferramenta pode ser utilizada diretamente no campo, acoplada a caminhões de coleta, laboratório ou instalado nos tanques de resfriamento, em laticínios e cooperativas.
A tecnologia saiu da fase experimental de validação para busca de parcerias estratégicas com a iniciativa privada, de modo a escalar a produção e disponibilizar o equipamento a custos competitivos, beneficiando todo o setor leiteiro, do produtor ao consumidor.
Suas multifuncionalidades e a eficiência no diagnóstico devem trazer nova perspectiva à bovinocultura de leite que trabalha, historicamente, com margens apertadas e sempre sob risco da importação de leite de países vizinhos.
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