Milho, Soja e Algo Mais: Manejo Deixa Sistema Produtivo 11% Mais Lucrativo
Inovações de manejo ajudam a deixar as propriedades mais diversificadas com adensamento de culturas, sem abrir mão da sustentabilidade e preservação ambiental.

Siga Nossas Redes
Siga o Agro Sustentar no Whatsapp. Canal GRATUITO de notícias e informações do AGRO diretamente em seu smartphone, com SEGURANÇA e PRIVACIDADE.
A sucessão entre Soja e Milho é uma dobradinha de sucesso e tradição no agronegócio brasileiro. Em algumas regiões o milho de primeira safra domina a paisagem, enquanto em outras é a soja. Quando chega a época da segunda safra a situação se inverte e, assim, o Brasil avança como o maior produtor de soja do mundo e se estabelece entre os maiores produtores mundiais de milho.
Rentabilidade no Agronegócio
Segundo os dados da Embrapa Territorial, os agricultores e pecuaristas brasileiros são detentores de um patrimônio fundiário imobilizado de R$ 2,38 trilhões em prol do meio ambiente. O que significa que o valor investido na propriedade precisa render pelo total, mas em uma porção menor, disponível para a atividade produtiva.
Fato que reforça a necessidade de diversificação de fontes de renda e adensamento das atividades agropecuárias das propriedades, para garantir o pilar econômico da sustentabilidade e manter o agro atrativo a investimentos.
O que passa, necessariamente, pela pesquisa agropecuária para intensificação da agricultura, com aproveitamento de solo, maquinário e mão de obra. De modo a garantir a alta produtividade sem ociosidade da terra, exceto nos períodos de vazio sanitário.
Sucessão entre Soja e Milho
Neste contexto, a Embrapa Trigo publicou os resultados de uma pesquisa realizada em parceria com o Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, que – ao longo de três anos – identificou modelos de produção mais lucrativos na sucessão entre o milho segunda safra e a soja.
A partir da sucessão entre as duas culturas, modelo mais utilizado para a produção de grãos no Brasil, os experimentos, realizados nas regiões centro-oeste e oeste do Paraná, introduziram novas culturas para diversificar este manejo tradicional.
Os resultados apontaram que a introdução de braquiária, aveia preta ou trigo, na matriz produtiva (soja + milho), além de reduzir custos de produção, aumentou a produtividade dos sistemas e melhorou o lucro de produtores em até 11%.
Leia Também sobre os Benefícios da Rotação e Culturas
Impactos Ambientais do Novo Manejo
Além da melhorar a rentabilidade, com redução de custos, a introdução de novas culturas na sucessão entre soja e milho também garantiu a manutenção da cobertura vegetal. O que se reflete na qualidade do solo, manutenção da umidade e prevenção de erosão.
A cobertura e a melhoria da qualidade do solo se refletem em maiores produtividades e menores custos de produção para a soja, bem como desempenho mais elevado do milho segunda safra”, enfatizou Henrique Debiasi, Pesquisador da Embrapa Soja,
O aumento da cobertura vegetal ajuda a estabilizar o solo e adiciona um ganho de fitomassa ao sistema produtivo. Contribuindo para o sequestro de carbono, armazenamento na biomassa e fixação no solo.
Impactos na Sustentabilidade das Cadeias Produtivas
O manejo de culturas consorciadas entre a sucessão milho e soja aumentou a diversificação da matriz produtiva, com ganhos excepcionais na intensificação dos sistemas, uma tendência no agronegócio brasileiro.
Além disso, o aumento da lucratividade com redução de custos e melhoras naturais na qualidade do solo, gera equilíbrio entre os pilares da sustentabilidade. E coloca os produtores rurais na rota da inovação, garantindo a longevidade da cadeia produtiva, sem a qual não haverá preservação ambiental viável.
Siga Nossas Redes
Siga o Agro Sustentar no Whatsapp. Canal GRATUITO de notícias e informações do AGRO diretamente em seu smartphone, com SEGURANÇA e PRIVACIDADE.