🌎 Mata Atlântica e Pampas Dominam Estoque de Carbono no Solo

Um panorama do estoque de carbono no solo demonstra a importância de todos os biomas. Veja aquele que mais se destaca na fixação de carbono.

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Um panorama do estoque de carbono no solo demonstra a importância de todos os biomas, especialmente aqueles de mata nativa estável.

Apesar de contrariar as previsões mais seguras, a Amazônia não é o ativo ambiental com maior densidade de carbono no solo, cerca de 48t/ha. Em comparação à Mata Atlântica (50t/ha) e aos Pampas (49/t/ha), tem menor densidade de carbono estocado.

No entanto, a floresta se destaca pela imensidão da área que ainda conserva, o que garante uma quantidade maior no composto inteiro, segundo destaca a matéria do Estadão/Agro sobre o estoque de carbono no solo brasileiro.

Estoque de Carbono nas Áreas de Atividade Humana

Como era de se esperar, nas áreas de atividade humana os estoques de carbono no solo são bem menores. A falta de cobertura vegetal impede a manutenção do carbono no solo, já que ele é capturado pelas plantas através da fotossíntese e fixado no solo, enquanto a planta devolve oxigênio à atmosfera.

Imagem de planta recém exposta à luz do sol, ainda em fase de crescimento, com os elementos da fotossíontese à sua volta. Demonstrando como se forma o Estoque de Carbono no Solo.
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Porém, não estamos falando apenas das atividade agrícolas, as atividades urbanas têm grande participação. A impermeabilização do solo e a cobertura com asfalto, concreto e outros materiais, que não a vegetação, impede a manutenção do carbono no solo. Além da falta de cobertura vegetal, o que não contribui para a captura desse na atmosfera.

A Atividade Humana e a Fixação de Carbono

Embora as atividades humanas sejam responsáveis por boa parte da liberação do carbono, existem atividades econômicas que podem mitigar esses efeitos, capturando parcela importante do carbono liberado nas atividades produtivas e mantendo o equilíbrio entre emissões, sequestro e armazenamento.

Viabilizando a convivência do progresso com a manutenção da atmosfera agradável.

O processo de emissão é natural, as reações químicas são parte da natureza. No entanto, o que se busca é compreender como as ações antropogênicas podem afetar o ambiente em que vivemos. Inclusive identificando se nossas ações podem, no longo prazo, inviabilizar nossa permanência em condições saudáveis.

Por isso, a proposição de maneiras de reduzir as emissões de carbono na atmosfera, de maneira a mitigar os efeitos das ações causadas pelo homem, é de extrema importância. A sustentabilidade serve tanto para o meio ambiente quanto para a longevidade das cadeias produtivas.

Soluções Possíveis para o Estoque de Carbono em Atividades Produtivas

O agronegócio no Brasil é vanguarda nas práticas sustentáveis. Prova disso é um tipo de manejo estudado pela Embrapa desde os anos 1980. Os chamados Sistemas de Produção Integrada (ILP e ILPF) são a integração entre a produção agrícola e pecuária, com efeitos benéficos ao meio ambiente.

Gado pasta em meio à plantação de eucalipto, com plantação de sorgo ao fundo. A imagem é da Embrapa.
Imagem: Embrapa.br

Em especial o sistema ILPF que integra Lavoura, Pecuária e Floresta, em um mesmo ambiente produtivo. Entre muitos, destacamos como benefícios dos sistemas integrados o sequestro de carbono e a geração de créditos de carbono. Que nada mais são que o carbono estocado.

Esses sistemas conseguem ser produtivos, gerar receita, mitigar riscos ao produtor e ainda aumentar os estoques de carbono, em áreas de atividade econômica. As práticas integradas já são exportadas para outros países e devem ser um grande avanço no agro brasileiro, inclusive na reputação do setor.

Produtividade do Agro: Escoamento da Produção e Estoque de Carbono

A sustentabilidade da economia depende da eficiência do agronegócio em produzir e armazenar carbono. Somente desta forma será possível uma transição para uma economia verde. Essa capacidade do agro se reflete em diversos setores da economia, o que traz capilaridade e dá tração ao desenvolvimento sustentável.

Para se ter uma ideia de sua importância, o agronegócio, em termos nacionais e internacionais, é cadeia de suprimentos alimentares e matéria-prima para diversos setores da economia. Porém, os maiores impactos estão nos itens essenciais como: alimentação e energia.

O Brasil já produz alimentos com práticas sustentáveis e bem estar-animal. Mas também pode se tornar uma potência na produção de biocombustíveis como o etanol, que produziremos através da cana-de-açúcar, milho e trigo.

Desta forma, agindo em conjunto com as métricas mais avançadas de medições de emissões e sequestro, aumentaremos nossos estoques de carbono no solo. Com impactos na reputação e no fluxo de caixa do agronegócio, com a venda dos créditos de carbono.


Referências

Embrapa Estadão/Agro

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