Simbiose do Bem: Plantas e Bactérias Trabalham em Conjunto para Atrair Polinizadores.
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A colaboração entre plantas e rizóbios vai muito além da fertilidade do solo, veja como os impactos na produtividade se refletem também no mutualismo com os polinizadores.
O mutualismo entre bactérias fixadoras de nitrogênio no solo e raízes de algumas variedades de plantas é capaz de tornar as flores mais atrativas aos polinizadores, segundo um estudo publicado esta semana no American Journal of Botany.
A planta utilizada pelo estudo é a chamaecrista, leguminosa nativa do Brasil que vive em condições características como: solos pobres em nutrientes, dependente de polinizadores específicos como a mamangava, do gênero bombus.
Outra medida que motivou a escolha da chamaecrista para o experimento é o fato de que o pólen fica encapsulado e precisa de uma vibração para ser liberado. Característica que faz das mamangavas polinizadores ideais para o trabalho.
As plantas foram cultivadas em 2 tipos de solos, subdivididos em quatro tratamentos onde, em apenas dois, deles foi acrescentada uma solução rica em rizóbio com os seguintes resultados:
Solos arenosos, pobres em nitrogênio, SEM adição de rizóbios: a falta de nitrogênio proporcionou o baixo crescimento das plantas, com amarelamento das folhas.
Solos arenosos, pobres em nitrogênio, COM adição de rizóbios: plantas três vezes maiores que as cultivadas em solo com matéria orgânica, rico em bactérias e nitrogênio.
Um dos resultados mais impactantes do estudo é quanto ao uso de um espectrômetro de superfície, que serve para medir como a luz é refletida e permite capturar espectros de luz invisíveis aos olhos humanos.
No solo arenoso, pobre em nitrogênio e rico em rizóbio, a simbiose alterou propriedades da antera (responsável pela produção do pólen da flor), deixando as cores perceptíveis às abelhas mais atrativas aos polinizadores.