O que a Crise Aviária Pode Ensinar ao Agronegócio e ao Brasil sobre Problemas Futuros?
Dois casos recentes de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) detectados em São Paulo são emblemáticos para o rescaldo de riscos, após a gestão de crise.

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A crise sanitária, decorrente da identificação de foco de H5N1 em uma granja de aves do município de Montenegro (RS), provocou prejuízos à produção e exportação de produtos granjeiros no Brasil, além de acender diversos alertas no agronegócio brasileiro.
Seja pela maneira como os riscos devem ser geridos ou sobre quais os efeitos potenciais de uma má gestão pré, durante e pós crises, seja do ponto de vista reputacional, onde o trabalho de décadas na construção da confiança pode ser desfeito em algumas semanas com uma resposta ineficaz às ameaças.
A combinação de uma resposta ineficaz, ruídos de comunicação, ingerências ideológicas, ações sem planejamento prévio etc, pode ser destrutiva para setor agropecuário que, além da importância financeira para o Brasil é estratégico globalmente. Exigindo que, para cada crise vivida e superada, sejam revisitados atos e fatos, em busca de melhoria e aprendizado constante.
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Casos Emblemáticos para a Gestão de Crises
No dia 11 de julho de 2025 foi confirmado o primeiro caso de IAAP em aves de subsistência. No mesmo dia, outro caso positivo de IAAP foi confirmado, envolvendo uma ave ornamental.
Em ambos os casos, as medidas sanitárias necessárias foram tomadas e a Defesa Agropecuária segue com buscas ativas em um raio de 10km das propriedades onde as aves foram detectadas.
Apesar de não haver risco para os seres humanos tanto no consumo da carne como de ovos e não afetarem o status sanitário de São Paulo e do Brasil, perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os eventos demonstram a dinâmica de uma doença que pode ter impactos extensos na cadeia produtiva agropecuária, da sanidade do rebanho à reputação do setor.
Ensinamentos sobre o Rescaldo de Riscos
Como não é possível prever se um novo surto se avizinha, a caminhada do vírus mantém o monitoramento e o alerta aos produtores ativos. Esse rescaldo de risco serve de referência a outras crises, sejam elas sanitárias, diplomáticas, econômicas etc.
Nessa fase posterior à contenção imediata de uma crise, onde as ameaças diretas foram mitigadas, os riscos secundários, residuais ou de longo prazo podem ser persistentes, sendo necessário gerenciá-los para consolidar a recuperação e fortalecer a resiliência.