Maior Produtor de Tomate do Brasil

O agronegócio do tomate no Brasil registrou um crescimento de 76% no valor total de produção, sendo que alguns Estados registraram crescimentos acima de 100% para o mesmo período (entre 2018 e 2022).

O maior produtor de tomate do Brasil é o Estado de Goiás. Imagem: Istockphoto.com

Os TOP 5 Produtores de Tomate no Brasil Colhem 78% do Total Nacional

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O maior produtor de tomate do Brasil responde por 26% das 3,8 milhões de toneladas produzidas em 2022/23. Quando olhamos os TOP 5 produtores, eles representam 78% do total. Considerando o TOP 10 da produção tomateira nacional, os Estados são responsáveis por 96% de todo o tomate produzido no Brasil.

Pelos números altos dos principais produtores fica claro que, apesar de ser cultivado em boa parte do território nacional, o agronegócio do tomate encontrou viabilidade comercial em menos da metade dos Estados brasileiros, sendo que a principal produção está na região Sudeste (share de 47% do total nacional).

Apesar disso, o cultivo do tomate tem atingido bons números nos 54 mil hectares colhidos no Brasil, que geram um rendimento médio de 69.905 kg/ha ou R$ 15.882,47 mil reais por hectare, considerando o valor total de produção de R$ 8,7 bilhões de reais (2022/23).

Maiores Produtores de Tomate do Brasil

  1. Goiás: 993 mil toneladas;
  2. São Paulo: 917 mil toneladas;
  3. Minas Gerais: 578 mil toneladas;
  4. Bahia: 266 mil toneladas;
  5. Paraná: 214 mil toneladas;
  6. Ceará: 170 mil toneladas;
  7. Espírito Santo: 152 mil toneladas;
  8. Rio de Janeiro: 145 mil toneladas;
  9. Santa Catarina: 119 mil toneladas;
  10. Rio Grande do Sul: 91 mil toneladas;

Dados: IBGE, 2023. Classificados pelo volume de produção em toneladas.

Goiás é o Maior Produtor de Tomate do Brasil

Os goianos são os maiores do Brasil no agronegócio do tomate com 993 mil toneladas produzidas em 2022/23. O valor de produção tomateira de Goiás foi de 937 milhões de reais, valor 29% maior que o ciclo anterior (2021/22).

O tomate é um dos principais produtos da agricultura de Goiás, com destaque para a cidade de Cristalina, maior contribuinte da colheita goiana. O montante do Estado representa um share de 26% do total do tomate colhido no Brasil.

O cultivo do tomate em Goiás ocupa uma área de 11.624 hectares, que rendem aos goianos um total de R$ 8.060,96 reais por hectare plantado, ou um rendimento médio de cerca de 85 mil kg/ha de tomate.

São Paulo é o Segundo Maior Produtor de Tomate do Brasil

Os paulistas ocupam a segunda posição entre os principais produtores brasileiros de tomate. As 917 mil toneladas colhidas em 16 mil hectares representam 24% de share no total Brasil.

O valor da produção tomateira em SP chegou a (incríveis) R$ 2,4 bilhões de reais em 2022/23, valor 51% maior que o ciclo anterior, quando o valor atingiu R$ 1,6 bilhão de reais. O destaque paulista é a cidade de Itapeva, maior produtora de tomate de SP.

Produção de Tomate em Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais é o terceiro maior produtor de tomate do Brasil com 578 mil toneladas produzidas em 7.720 hectares. O Valor de produção para o ciclo 2022/23 foi de R$ 965 milhões de reais, 38% maior que o ciclo anterior, quando a produção gerou R$ 697 milhões.

Minas Gerais produziu 15% de todo o tomate do Brasil, dos quais a maior contribuinte foi a cidade de Jaíba, principal produtora de tomate do Estado. O rendimento do tomate mineiro foi de R$ 12.497,72 reais por hectare ou 74.885kg/ha.

O Estado da Bahia ocupa a quarta posição no ranking dos maiores produtores de tomate do Brasil com 266 mil toneladas colhidas em 2022/23. O valor de produção baiano foi de R$ 938 milhões de reais, dos quais a cidade de Mucugê foi o destaque. O share da Bahia na produção nacional de tomate chega a 7%.

O quinto maior produtor de tomate do Brasil é o Estado do Paraná com 214 mil toneladas produzidas em 2022/23 e um share de 6% do total nacional. A cidade de Reserva é a principal produtora de tomate no PR. O agronegócio do tomate rendeu aos paranaenses um valor de produção total de R$ 749 milhões de reais.

Maior Rendimento em Reais por Hectare

O Estado do Ceará é o sexto maior produtor de tomate do Brasil e possui o maior rendimento financeiro por hectare. As 170 mil toneladas colhidas em 2022/23 representaram 4% do share nacional.

Os cearenses produziram R$ 598 milhões de reais em tomate, que renderam R$ 25.619,19 para cada hectare cultivado. A cidade de Guaraciaba do Norte foi a principal do Estado na colheita de tomate.

Na sétima posição entre os maiores produtores tomateiros do Brasil vem o Estado do Espírito Santo com 152 mil toneladas e valor de produção de R$ 559 milhões de reais. Seguido pelo Rio de Janeiro com 145 mil toneladas e valor de produção de R$ 456 milhões de reais. Ambos têm share de 4% no total nacional.

Fechando o TOP 10 maiores produtores de tomate no Brasil vêm os Estados de Santa Catarina (119 mil toneladas, R$ 299 milhões de valor de produção e share de 3%) e Rio Grande do Sul (91 mil toneladas, R$ 290 milhões de valor de produção e share de 2%).

Produtividade dos Principais Produtores de Tomate no Brasil

Há grande diversidade no perfil dos tomateiros no Brasil. O Estado de Goiás produz o maior volume de tomate com 993 mil toneladas e o maior rendimento de produção por hectare, entre os principais produtores, com R$ 85.466 mil kg/ha.

No entanto, São Paulo tem o maior valor total de produção (R$ 2,4 bilhões de reais), enquanto o Ceará tem o maior rendimento financeiro com cerca de R$ 25.619,19 mil reais por cada hectare colhido.

ESTADOValor da Produção (R$ mil reais)Volume Produzido (toneladas)Rendimento em R$/haRendimento em Kg/ha
Goiás937.006993.452R$ 8.060,9685.466
São Paulo2.408.371917.349R$ 20.896,9379.596
Minas Gerais964.824578.116R$ 12.497,7274.885
Bahia938.710265.692R$ 18.041,7151.065
Paraná749.235214.465R$ 22.016,9063.022
Ceará598.208170.059R$ 25.619,1972.830
Espírito Santo558.890151.636R$ 23.641,7164.144
Rio de Janeiro456.196144.818R$ 20.936,0366.461
Santa Catarina298.978118.700R$ 15.130,4760.071
Rio Grande do Sul289.68690.675R$ 14.749,8046.169
Dados: IBGE, 2023. Tabela comparativa do rendimento em valor de produção e volume produzido por hectare para os principais produtores de tomate do Brasil.

Por outro lado, o Estado do Rio Grande do Sul possui o menor valor de produção, entre os principais produtores de tomate do Brasil, com R$ 290 milhões de reais. Os gaúchos também acumulam o pior desempenho no volume produzido com 91 mil toneladas.

No quesito rendimento financeiro o pior resultado é do Estado de Goiás, com R$ 8.060,96 reais para cada hectare de tomate colhido. O Rio Grande do Sul aparece em último, entre os maiores produtores, também com relação ao rendimento médio que ficou em 46.169kg/ha.

Crescimento da Produção de Tomate no Brasil

A produção de tomate brasileira cresceu 76% nos últimos anos, saindo de um valor de produção de R$ 4,9 bilhões de reais (2018) para R$ 8,7 bilhões de reais em 2022. Além disso, entre 2021 e 2022 o valor de produção cresceu 34%.

Evolução da Produção dos Maiores Produtores de Tomate no Brasil
ESTADOPrincipal Cidade ProdutoraVariação R$ (2018/2022)Variação R$ (2021/2022)Share do Total Brasil (%)
GoiásCristalina52%29%26%
São PauloItapeva96%51%24%
Minas GeraisJaíba63%38%15%
BahiaMucugê178%27%7%
ParanáReserva24%31%6%
CearáGuaraciaba do Norte131%23%4%
Espírito SantoAfonso Cláudio91%56%4%
Rio de JaneiroSão José de Ubá47%19%4%
Santa CatarinaCaçador47%4%3%
Rio Grande do SulCaxias do Sul59%51%2%
BRASILGoiás76%34%100%
Dados: IBGE, 2023. Tabela comparativa do crescimento de valor de produção dos Maiores Produtores de Tomate no Brasil (2018 a 2022) e (2021 a 2022).

Os principais impulsionadores desse crescimento (entre 2018 e 2022) foram os Estados da Bahia (cresceu 178%), Ceará (cresceu 131%), São Paulo (cresceu 96%) e Espírito Santo cujo valor de produção cresceu 91%.

Se considerarmos apenas a diferença de 2021 para 2022, o Espírito Santo cresceu 56%. Para o mesmo período, São Paulo e Rio Grande do Sul viram seu valor de produção crescer 51%, ajudando o Brasil a alcançar o aumento de 34% no valor total de produção de tomate para o período.

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REFERÊNCIAS

IBGE

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