Consumo mundial de carne bovina está ligado à renda, aponta Embrapa

Elasticidade de Renda na Demanda Global

A análise da Embrapa sobre o mercado internacional revela uma característica fundamental para o planejamento das exportações brasileiras: o consumo de carne bovina está diretamente associado ao nível médio de renda de cada região do planeta. O produto é classificado como um “bem superior”, o que significa que sua demanda possui elasticidade de renda maior que um.

• Na prática, quando o poder aquisitivo do consumidor internacional aumenta, a demanda por carne bovina cresce em uma proporção ainda maior.
• Esse fator é determinante para a expansão do comércio, pois o aumento da renda em países importadores impulsiona o volume e o preço negociado.

Projeções e Mercados Estratégicos

As projeções de longo prazo indicam que o crescimento da população mundial e a melhoria dos padrões de renda, especialmente em economias em desenvolvimento, manterão uma trajetória positiva para o consumo. A continuidade do negócio no Brasil depende de um olhar atento a esses mercados.

• O aumento do consumo mundial esperado até 2033 deve ser suprido, em grande parte, por nações que melhoram seu índice de desenvolvimento humano e renda per capita.
• Grandes mercados como Estados Unidos, China, Rússia e o bloco da União Europeia são cruciais, e a estabilidade econômica nessas regiões impacta diretamente a balança comercial brasileira.
• A Argentina, por exemplo, destaca-se como um dos maiores consumidores per capita no mundo, indicando a força da cultura de consumo em nações com maior renda média.

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Risco e Competitividade Pautada em Padrões

Para o produtor brasileiro, a rigidez do mercado internacional é uma realidade. O comércio é pautado por padrões de qualidade, que não se restringem apenas ao preço, mas também englobam aspectos de produção.

• A concorrência é intensa e exigente, sendo influenciada por fatores como saúde do rebanho, rastreabilidade e questões de sustentabilidade.
• A manutenção de um status sanitário elevado e o investimento em práticas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são necessários para garantir o acesso ininterrupto a esses mercados.
• A volatilidade da renda global e as crises econômicas em nações estratégicas representam um risco que pode frear o crescimento projetado para as exportações do Brasil.