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Cultivares Brasileiras de Banana Barram Doença Global

Pesquisa na Colômbia comprova a eficácia de duas cultivares da Embrapa contra o Fusarium R4T, a maior ameaça à produção global.

Imagem: Istockphoto.com
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Ameaça Global Exige Solução Inovadora

A bananicultura mundial enfrenta um risco bilionário com o avanço da murcha de Fusarium, conhecida como raça 4 Tropical (R4T). Esta doença, causada por um fungo, espalhou-se por Ásia, África e Oceania, e já alcançou países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Venezuela.

Sua rápida disseminação, facilitada por solo e ferramentas contaminadas, além de mudas infectadas, representa um perigo iminente para a segurança alimentar e a economia global do setor.

O Poder da Pesquisa Nacional em Campo Estrangeiro

A solução para a prevenção deste problema global vem do Brasil. Testes realizados na Colômbia confirmaram a resistência das cultivares de banana BRS Princesa e BRS Platina, desenvolvidas pela Embrapa.

Este avanço é um marco para a proteção da produção brasileira e demonstra a capacidade do país de contribuir com a defesa da cadeia produtiva em escala internacional, usando a ciência como principal ferramenta.

Estratégia de Melhoramento Genético

O êxito não foi casual. O programa de melhoramento genético da Embrapa sempre manteve o foco na resistência ao Fusarium. A parceria internacional com a AgroSavia, na Colômbia, permitiu que o material genético brasileiro fosse testado em solo contaminado, fechando o ciclo da pesquisa de forma eficaz. O desafio não está apenas em gerar resistência, mas em aliar essa característica a outros fatores:

  • Qualidade: Manter o sabor e a aparência que agradam ao consumidor.
  • Produtividade: Garantir a viabilidade econômica do cultivo.
  • Segurança: Servir como barreira natural contra a entrada da praga.

O teste em campo demonstrou que as variedades apresentaram menos de 1% de plantas afetadas, confirmando a resistência.

Vigilância e Biosegurança como Aliadas

Apesar do resultado promissor, a vigilância fitossanitária é mantida em alerta máximo no Brasil. O Ministério da Agricultura (Mapa) prioriza essa praga em seu sistema de vigilância, coordenando ações com órgãos estaduais e a Embrapa Territorial. A resistência das novas variedades dá tempo para que o setor se prepare, mas não elimina a necessidade de precaução.

O produtor não pode baixar a guarda, assim como a vigilância fitossanitária vai manter as atividades e ações preventivas. Queremos que a praga demore o máximo de tempo possível para chegar porque sempre causa algum impacto.

Ricardo Hilman, gestor da Coordenação de Controle de Pragas do Mapa.

O Mapa e a Embrapa trabalham juntos na reestruturação do plano de contingência, que pode vir a sugerir o plantio de material resistente como estratégia de defesa.

Alívio para Produtores e Futuro da Cadeia

Para os produtores, a notícia é um grande alívio. A BRS Princesa e a BRS Platina oferecem uma alternativa de plantio, caso a R4T chegue ao país, especialmente em polos vulneráveis, como o Vale do Ribeira (SP), onde a bananicultura é crucial para a economia local.

Ter variedades resistentes nos dá tranquilidade de saber que, plantando a BRS Princesa e a BRS Platina, nós poderemos produzir, já que por enquanto ainda não temos oficialmente nada confirmado em relação à resistência de Cavendish.

Augusto Aranha, presidente da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira.

A inovação, portanto, não apenas protege o meio ambiente de um colapso produtivo, mas garante a longevidade da atividade e o sustento de milhares de famílias.

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