Diárias do Cepea/Esalq USP: 17 de novembro de 2025

Mandioca

A colheita de raiz de mandioca foi retomada, mas em ritmo lento, apesar das chuvas. Muitos produtores ainda têm pouco interesse em avançar com os trabalhos devido à baixa atratividade da comercialização, alegando produtividade e teor de amido reduzidos.

Os valores de negociação se sustentaram na última semana. O valor médio da tonelada de mandioca posta fecularia (10 a 14 de novembro) foi de R$ 565,81, queda de 1,1% na semana, mas a média da parcial de novembro/25 segue 0,6% acima da de outubro.

Soja

As negociações de soja em grão estão mais lentas no Brasil, cenário atrelado à disparidade entre os valores ofertados pelos compradores e os pedidos dos vendedores. Sojicultores estão capitalizados e atentos à valorização externa.

Já os consumidores estão cautelosos, atentos ao alto estoque remanescente (2024/25), expectativas de safra recorde (2025/26), desvalorização cambial e queda nos prêmios de exportação. Preços do grão tiveram apenas pequenas oscilações na semana.

Milho

A liquidez no mercado brasileiro de milho está baixa, principalmente pela ausência de grande parte dos vendedores no spot. A demanda busca aquisições, mas os fechamentos envolvem apenas pequenos volumes.

A recuperação do valor externo e as exportações sustentam os preços, mas a desvalorização do dólar, o bom desenvolvimento da primeira safra e o amplo excedente interno podem pressionar por quedas. O clima favorece a semeadura, com alertas apenas no PR e RS.

Feijão

Os preços médios do feijão carioca e do preto seguiram em queda na semana passada na maioria das regiões pesquisadas. A oferta está maior, prevalecendo sobre a demanda, e os compradores atuam de forma pontual, evitando grandes volumes.

Observa-se maior disponibilidade de produto do sudoeste de São Paulo (lotes mais claros e grãos de maior calibre) e aumento na oferta de lotes comerciais de feijão preto. Em SP, agentes monitoram o impacto das chuvas na qualidade durante a colheita.