HomeAgronegócio Diárias do Cepea/Esalq USP: 24 de Novembro de 2025

Diárias do Cepea/Esalq USP: 24 de Novembro de 2025

Milho firme com foco na safra de verão, citros ganha alívio tarifário nos EUA, e soja sobe com menor oferta mundial projetada.

Imagem: Istockphoto.com
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Milho

A retração de vendedores, focados na semeadura da safra de verão, mantém firmes os preços do milho na maioria das regiões. A demanda interna está pontual, com negócios ocorrendo para recomposição de estoques. No mercado internacional, os preços caem devido a projeções de maior produção mundial, mas são contidos pela forte demanda dos Estados Unidos.

As exportações brasileiras estão mais intensas em novembro, com a média diária de embarques 7,6% acima do mesmo mês de 2024. Em 10 dias úteis, foram embarcadas 2,67 milhões de toneladas, com potencial para atingir 5 milhões de toneladas até o fim do mês, caso o ritmo atual se mantenha.

Citros

O setor exportador de citros recebeu alívio tarifário. Os EUA retiraram a tarifa adicional de 10% que incidia sobre o suco de laranja importado. Para subprodutos como óleos essenciais, terapêuticos e polpa, a tarifa de 40% foi zerada, mantendo-se apenas a sobretaxa de 10%.

Essa movimentação é vista como positiva para o setor, que enfrenta lentidão nos embarques internacionais de suco. A isenção tarifária é essencial para preservar a competitividade do suco brasileiro no mercado norte-americano. No entanto, a tarifa de US$ 415 por tonelada de FCOJ, anterior ao imbróglio recente, segue vigente nos EUA.

Soja

A resistência dos produtores em negociar novos lotes elevou os preços da soja no Brasil. Fatores como a irregularidade das chuvas, necessidade de replantio e a expectativa de demanda externa mais aquecida em 2026 impulsionaram essa postura. Consequentemente, a liquidez no mercado spot nacional diminuiu.

Os valores também foram influenciados por projeções do USDA que indicam uma menor oferta mundial. Somado ao avanço da demanda na safra 2025/26, isso deve levar a relação estoque/consumo final ao menor volume em três temporadas. A demanda por farelo de soja segue aquecida, enquanto as negociações de óleo de soja enfraqueceram.

Feijão

As negociações de feijões carioca e preto ocorreram de forma pontual, com liquidez baixa, em parte devido ao feriado. Os preços do feijão carioca de melhor qualidade (notas acima de 9,0) foram pressionados e caíram, devido à maior oferta de lotes oriundos das colheitas no sudoeste de São Paulo.

Em contrapartida, os preços do feijão carioca de notas médias (8 a 8,5) subiram na maioria das praças, impulsionados pelo maior interesse do comprador e uma oferta um pouco mais restrita. Para o feijão preto, as cotações foram pressionadas, especialmente nas regiões do Sul, devido à necessidade financeira e liberação de armazéns.

Mandioca

Após chuvas intensas que limitaram a colheita, a atividade foi retomada e intensificada, principalmente por produtores com necessidade de capitalização. Esse cenário aumentou a disponibilidade e gerou pressão sobre os preços da raiz.

A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 562,82 (R$ 0,9788/grama de amido) na semana passada, apresentando queda de 0,5% frente ao período anterior. Em termos reais, houve uma retração de 18,8% em 12 meses.

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Referências:

Cepea/Esalq USP

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