HomeAgronegócio Diárias do Cepea/Esalq USP: 8 de dezembro de 2025

Diárias do Cepea/Esalq USP: 8 de dezembro de 2025

Milho mantém alta, mandioca recua forte, soja negocia devagar e feijão bate recorde de exportações.

Imagem: Istockphoto.com

Milho

Preços firmes com foco na safra e no clima

O milho segue valorizado no mercado interno. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) se aproximou de R$ 70 por saca de 60 kg, nível não visto desde maio. A alta reflete maior procura de compradores e retração dos vendedores, que limitam ofertas no spot à espera de novas valorizações. Produtores concentram-se na semeadura e monitoram o clima, enquanto compradores buscam recompor estoques para o fim do ano, mas enfrentam preços elevados. Parte da demanda se afasta, aguardando a colheita da safra de verão e possível recuo nas cotações.

Mandioca

Queda semanal é a maior desde julho

As cotações da mandioca recuaram 4,4% na última semana, a maior desvalorização desde julho. O movimento foi impulsionado pelo avanço da colheita, favorecida pelo clima e pela necessidade de liquidez dos produtores, além de expectativas baixistas para 2026. Já a demanda industrial enfraquece com recessos e manutenções. Entre 1º e 5 de dezembro, a tonelada posta fecularia foi negociada a R$ 530,81, queda anual de 23,8% em termos reais. Fécula e farinha também registraram menor movimentação e preços em baixa.

Soja

Negociações lentas e atenção ao clima

O mercado de soja começou dezembro em ritmo fraco, travado pela diferença entre preços pedidos por produtores e ofertas de compradores. Com consumidores abastecidos e produtores capitalizados, poucos lotes chegam ao spot. Agricultores concentram-se nas lavouras e demonstram preocupação com perdas de produtividade em áreas afetadas por déficit hídrico. Colaboradores do Cepea avaliam que a safra 2025/26 dificilmente atingirá os 177 milhões de toneladas previstos pela Conab.

Feijão

Mercado interno lento e exportações recordes

As negociações de feijão no Brasil seguem restritas à reposição de estoques. O carioca tem preços influenciados pela demanda, já que a oferta se concentra em lotes de qualidade superior. O feijão preto, por sua vez, permanece pressionado pela ampla disponibilidade. No mercado externo, o Brasil bateu recorde histórico: de janeiro a novembro, exportou 501,20 mil toneladas, maior volume da série iniciada em 1997.

Referências:

Cepea/Esalq USP

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