Diárias do Cepea/Esalq USP: 9 de dezembro de 2025
Trigo diverge entre regiões, banana sobe no Vale, etanol mantém alta e açúcar volta a cair.

Trigo
Preços divergem entre regiões e comércio externo ganha ritmo
O mercado de lotes de trigo iniciou dezembro com movimentos distintos. No Paraná, a maior oferta doméstica pressiona as cotações, enquanto no Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina os preços se mantêm firmes, sustentados pela demanda. No balcão, os valores pagos ao produtor recuaram em quase todas as regiões, com exceção de Santa Catarina. No comércio exterior, novembro marcou retomada das exportações, que somaram 121,16 mil toneladas — maior volume desde março. Já as importações caíram para 414,56 mil toneladas, 22,4% abaixo de outubro e o menor nível desde dezembro de 2023.
Banana
Baixa oferta e qualidade elevam preços no Vale do Ribeira
As variedades nanica e prata registraram alta na última semana em São Paulo. A valorização foi impulsionada pela menor oferta, prevista pelo calendário de colheita, e pela melhora na qualidade da fruta, que deixou de apresentar casca escura típica do frio. Com a volta das chuvas, a expectativa é de qualidade ainda melhor. Entre 1º e 5 de dezembro, a nanica de primeira qualidade foi vendida a R$ 2,92/kg (+5%), e a prata a R$ 3,30/kg (+11%).
Etanol
Hidratado sobe pela oitava semana seguida
O etanol hidratado mantém trajetória de alta desde outubro no mercado spot paulista. Entre 1º e 5 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,8853/litro, avanço de 0,7%. O anidro também subiu, para R$ 3,3128/litro (+0,38%). A valorização reflete menor oferta e demanda aquecida. Segundo a Unica, 120 usinas já encerraram a safra 2025/26 no Centro-Sul, contra 70 no mesmo período do ano passado.
Açúcar
Cristal branco volta a cair em São Paulo
Após breve reação no fim de novembro, o açúcar cristal branco recuou novamente no início de dezembro. Até o dia 5, o Indicador CEPEA/ESALQ registrava baixa de 1%, voltando à casa dos R$ 107 por saca de 50 kg. A indústria esteve mais ativa no spot, antecipando compras para as festas, mas com estratégia de barganha diante da oferta abundante. Usinas e atacadistas evitam estoques elevados na entressafra, já que o custo de carregamento em cenário de juros altos torna a retenção pouco atrativa.
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