Drones Aumentam Eficiência na Pulverização Agrícola

Inovação Aérea Otimiza o Manejo

O avanço na utilização de drones no agronegócio brasileiro é notável, tanto em volume quanto em diversidade de tarefas. Especialistas e empresas prestadoras de serviço investem cada vez mais nesta tecnologia para otimizar processos no campo. O foco é garantir que a inovação tecnológica se incorpore ao processo produtivo.

A Embrapa Soja lançou um documento detalhado, em parceria com um empresário do setor, que aborda o uso da pulverização agrícola por meio de drones. A publicação visa nortear produtores rurais e prestadores de serviço, cobrindo desde aspectos regulatórios até exemplos práticos em diferentes cultivos.

O uso dos equipamentos aéreos já permite cobrir extensas áreas. Com apenas um drone, é possível realizar a aplicação em mais de 100 hectares por dia. Este aumento na capacidade produtiva surgiu com os modelos que possuem maior volume de tanque, lançados a partir de 2022.

Por Que a Tecnologia Aérea Ganha Terreno?

A principal atração dos drones é a sua capacidade de ser uma solução intermediária entre os aviões agrícolas e os pulverizadores terrestres. Contudo, esta característica exige uma avaliação rigorosa antes da adoção. O objetivo é garantir que a tecnologia agregue benefícios reais à atividade agrícola.

A inovação não se limita à aplicação de líquidos, mas também inclui produtos sólidos. A tecnologia é empregada no monitoramento de plantações e florestas, na inspeção de rebanhos e no auxílio à adubação e semeadura. Estes usos reforçam o pilar da sustentabilidade pela otimização de recursos e precisão.

Vantagens dos Drones na Agricultura

• Maior segurança: remove o operador humano da área de pulverização.
• Preservação: não causa compactação nem amassamento da cultura, garantindo a saúde do solo.
• Eficiência hídrica: baixo consumo de água na aplicação, um aspecto chave na gestão de recursos naturais.
• Rastreabilidade: registro completo dos dados e do mapa de aplicação para maior controle.

O Desafio Constante da Pesquisa

Apesar do rápido desenvolvimento, o setor de drones agrícolas ainda requer mais estudos para aprimorar as práticas. É fundamental determinar com precisão a taxa de aplicação, velocidade, altura de voo e a uniformidade das gotas. Isto é crucial para garantir a eficácia contra o alvo biológico e minimizar a deriva, protegendo o meio ambiente.

“É um trabalho incessante, pois, além da atualização das máquinas, aumenta cada vez mais a diversidade de culturas, de produtos e de alvos envolvidos.”

Rafael Moreira Soares, pesquisador da Embrapa Soja

A tendência de adoção de bicos rotativos em novos modelos de drones demonstra o esforço contínuo de inovação do mercado. Este tipo de bico permite um melhor controle do tamanho da gota. O resultado é o aumento da uniformidade, o que reduz significativamente o risco de deriva, contribuindo para a preservação ambiental e a segurança das aplicações.

Regulamentação e Mercados

A regulamentação no Brasil é complexa e envolve diversos órgãos do Governo Federal. A Anatel homologa equipamentos, a Anac regula e fiscaliza as atividades de aviação civil. Já o Decea gerencia o espaço aéreo e o Mapa estabelece regras específicas para a operação com agrotóxicos. O conhecimento integral da legislação é crucial para a segurança.

Para quem deseja estabelecer uma prestação de serviço especializada, o planejamento financeiro deve ser detalhado. O investimento total para montar a operação pode equivaler a cerca de três vezes o valor do equipamento drone. O custo de contratação do serviço de pulverização com drones varia entre R$ 100,00 e R$ 400,00 por hectare. Esta variação de preço reflete a complexidade da operação e o relevo do terreno.