Genética da Embrapa revoluciona ovinocultura com animais de alta performance
Pesquisadores brasileiros desenvolvem rebanho mais produtivo e lucrativo, unindo maior rendimento de carcaça à resistência sanitária.
Inovação para o Rebanho de Corte
A ovinocultura de corte brasileira pode estar diante de uma mudança importante. Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul (RS) desenvolveram o projeto “ovelha do futuro”, que busca unir eficiência produtiva e rentabilidade. A ideia é oferecer ao produtor um animal mais adaptado, capaz de gerar maior retorno econômico e reduzir problemas recorrentes da atividade.
O melhoramento genético é o caminho para equilibrar custos e receitas na fazenda, além de contribuir para a sustentabilidade do negócio.
As Quatro Bases da Genética
O trabalho da Embrapa concentra quatro características-chave em um único animal, aumentando a competitividade sem abrir mão da saúde e do bem-estar:
- Maior prolificidade: mais crias por parto, elevando a receita da propriedade.
- Melhor rendimento de carcaça: maior volume de carne aproveitável por cordeiro.
- Resistência natural à verminose: menos uso de medicamentos e menor contaminação da pastagem.
- Perda espontânea de lã: elimina custos e tempo com a tosquia.
Segundo os pesquisadores, essa seleção pode dobrar a eficiência produtiva da ovinocultura.
“Queremos que o próprio produtor desenvolva a sua ovelha do futuro, conforme seus interesses e necessidades”.
José Carlos Ferrugem, da Embrapa Pecuária Sul.
Sustentabilidade pela Eficiência
O projeto também traz ganhos ambientais. A maior eficiência reduz o número de animais improdutivos e, de forma indireta, contribui para diminuir as emissões de gases de efeito estufa por quilo de carne. A menor necessidade de medicamentos representa avanço em manejo sanitário e saúde ambiental.
Atualmente, o projeto está na fase de repasse de reprodutores melhorados para produtores parceiros, por meio de comodato. A partir dessa genética base, cada criador poderá selecionar as características que melhor atendem ao seu sistema produtivo e mercado.
A seleção é feita tanto pelo genótipo (prolificidade e rendimento de carcaça) quanto pelo fenótipo (resistência à verminose e perda de lã). A pesquisa reforça o papel da ciência em oferecer soluções práticas para que o produtor produza mais com menos.
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