O Boletim Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro trouxe dados importantes sobre a empregabilidade do setor. Segundo o relatório, o número de pessoas ocupadas atingiu recorde, desde o início da série histórica, em 2012.

Até o terceiro trimestre de 2024 (período de apuração dos dados) a população ocupada no agronegócio brasileiro atingiu 28,4 milhões de pessoas. Valor que representa 26% do mercado de trabalho brasileiro.

Comparando o terceiro trimestre de 2012 e 2024, o número de pessoas ocupadas é 5% maior. Com relação à participação do agro no mercado de trabalho, saiu de 28,7% para 26% no mesmo período de 2024. O que significa dizer que o volume de pessoas ocupadas no agronegócio aumentou, embora a representatividade do setor tenha caído.

Variação de Pessoas Ocupadas no Agronegócio

Variação do número de pessoas ocupadas no agronegócio cresceu 1,2%, chegando a 533.351 pessoas. Por setor, a variação foi a seguinte:

• Insumos: crescimento de 3,9%;
• Primário: queda de 4,7%;
• Agroindústria: crescimento de 6,7%;
• Agrosserviços; crescimento de 6,3%;

Dados: Cepea/Esalq USP, 2024. Comparativo do 3º trimestre de 2023 e 3º trimestre de 2024.

A pecuária registrou um aumento de 1,2%, em cujo escopo pesca e aquicultura registraram queda de 1,4%, enquanto a avicultura registrou aumento de 10,4%. Já a agricultura registrou queda de 0,7% na variação da população.

No escopo das atividades agrícolas, as culturas que apresentaram maior crescimento relativo na população ocupada foram: fumo (+21,3%), cacau (+19,8%), uva (+9,6) e horticultura (+7,9). Em contrapartida, algumas culturas registraram queda: sementes e mudas (-46,9%), algodão (-39,8%), flores e plantas ornamentais (-22,2%), café (-13,7%) e cereais (-6,9%).

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Evolução do Perfil da Mão de Obra no Agronegócio

Comparando os dados de 2012 e 2023, houve uma mudança muito importante no perfil da mão de obra do agronegócio, com aumento do nível de instrução, elevação da participação da mulher na ocupação de vagas e maior número de carteira assinada.

Ao longo dos anos, o número de mulheres ocupando vagas no setor aumentou 6%, enquanto número de homens ocupados no agro cresceu apenas 2%. Com relação à escolaridade, houve um aumento de 38% de pessoas com nível médio e 77% no número de pessoas com curso superior.

Ao mesmo tempo, houve uma queda importante no número de pessoas sem instrução ou com nível de instrução fundamental, cujas variações foram: queda de 25% e queda de 23%, respectivamente. Além disso, o número de pessoas com carteira assinada cresceu 5% no período.

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Novas perspectivas sobre o mercado de trabalho no agronegócio

O boletim trouxe novas perspectivas sobre o setor agropecuário brasileiro. Com o aumento da participação feminina, elevação do nível de instrução, ampliação do número de pessoas ocupadas em contraste com a queda de representatividade na empregabilidade geral do Brasil.

As mudanças no perfil da mão de obra indicam maior atratividade no setor, entre outros fatores, pelo maior tecnificação e aplicação de tecnologia mais avançada nas atividades agropecuárias, além do aumento do rendimento médio dos empregados do setor, que cresceu 4,9% entre o 3º trimestre de 2023 e o 3º trimestre de 2024.

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