HomeAgronegócio Produção de grãos mostra contrastes entre Austrália, Cazaquistão e Turquia

Produção de grãos mostra contrastes entre Austrália, Cazaquistão e Turquia

Austrália projeta produção recorde de cevada e forte safra de trigo em 2025/26. Cazaquistão e Turquia (sequeiro) enfrentam quedas. África do Sul prevê mais milho para exportação. Queda no rebanho bovino da Turquia.

Imagem: Istockphoto.com
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Austrália: Grãos e Ração

A safra australiana de cevada deve alcançar um patamar histórico em 2025/26, enquanto o trigo caminha para registrar o terceiro maior volume já produzido no país. Regiões como o sul de Queensland e o norte de Nova Gales do Sul vivem condições climáticas excepcionais, que têm garantido rendimentos muito acima da média.

No oeste, os agricultores acreditam que podem superar recordes anteriores de trigo e cevada. Estados como Victoria e o sul de Nova Gales do Sul também projetam recuperação significativa após perdas causadas por seca e geadas na temporada passada.

O sorgo começou de forma irregular, mas o solo mantém boa umidade e os produtores aguardam chuvas adicionais para consolidar a safra. O cenário geral é otimista, com previsão de precipitações acima da média. Já o arroz enfrenta dificuldades: a escassez de água para irrigação e os altos preços da água negociável devem provocar forte queda na produção e nas exportações.

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Cazaquistão: Grãos e Ração

Após um ano recorde, o Cazaquistão deve reduzir sua produção de trigo em 2025/26. A principal razão é a migração de agricultores para culturas mais rentáveis, como o girassol. O clima também pesa contra: temperaturas abaixo da média e excesso de chuvas durante a colheita devem limitar os resultados.

Com menos trigo disponível, as exportações tendem a cair levemente. Ainda assim, os embarques continuarão apoiados pelo subsídio governamental de transporte e pela busca de novos mercados compradores.

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África do Sul: Grãos e Ração

Os produtores sul-africanos não devem ampliar a área de milho em 2025/26, já que os preços internos seguem pressionados pela grande colheita obtida em 2024/25. No leste do país, o plantio avança em ritmo acelerado, favorecido por chuvas iniciais e boa umidade do solo, o que sinaliza uma safra promissora.

As exportações, por sua vez, devem crescer de forma expressiva, sustentadas por estoques elevados e pela expectativa de uma colheita comercial robusta. Vale lembrar que os estoques se recuperaram de forma significativa após os níveis excepcionalmente baixos registrados em 2023/24.

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Coreia do Sul: Pecuária e Produtos

A produção de gado na Coreia do Sul deve encolher em 2026, com previsão de 925 mil cabeças criadas e pouco mais de 1 milhão abatidas. A menor oferta interna de carne bovina deve manter as importações estáveis em relação a 2025, em torno de 580 mil toneladas. Já a suinocultura deve permanecer praticamente inalterada, com produção estimada em 1,43 milhão de toneladas e importações no mesmo patamar do ano anterior.

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Turquia: Grãos e Ração

A Turquia enfrenta um cenário desafiador para trigo e cevada em 2025/26, já que o clima seco fora de época comprometeu a produção dessas culturas de sequeiro. Em contrapartida, o milho deve avançar, beneficiado pelo acesso à irrigação e pela expansão da área colhida, especialmente na segunda safra do sudeste.

Com menos trigo e cevada disponíveis, as importações devem crescer. O mercado de arroz dos EUA também tende a ganhar espaço, após a retirada da tarifa de 25% aplicada anteriormente. No setor de exportação, os moinhos turcos ainda lutam para recuperar a fatia de mercado perdida no último ano.

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Turquia: Pecuária e Produtos

O rebanho bovino turco deve encolher 4% em 2026, chegando a 14,3 milhões de cabeças. O movimento é resultado de custos elevados, baixa rentabilidade e altas taxas de abate, que levam muitos produtores a liquidar seus animais. Paradoxalmente, essa liquidação deve elevar ligeiramente a produção de carne bovina, estimada em 1,8 milhão de toneladas.

Segundo a Associação de Produtores de Carne Vermelha, o consumo per capita no país gira em torno de 51 kg, distribuídos entre frango (22 kg), bovinos (20 kg), ovinos (7 kg) e caprinos (2 kg). Representantes do setor, contudo, afirmam que os números oficiais de consumo de carne bovina não refletem a realidade do mercado.

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