🌾 Trigo Brasileiro Rende 12% a Mais em Tempos Secos

As mudanças climáticas representam um desafio para o agronegócio. Cultivares de alta produtividade e resistentes ao estresse hídrico, como a BRS 404 da Embrapa, são a chave para a sustentabilidade e segurança alimentar.

Plantas resistentes ao estresse hídrico e de alta produtividade são respostas aos riscos do quadro de mudanças climáticas. Imagem: Istockphoto

Plantas resistentes ao estresse hídrico e de alta produtividade são respostas aos riscos do quadro de mudanças climáticas.

As lições aprendidas na safra 2023/24 serão amplamente discutidas daqui para a frente. Sobretudo do ponto de vista do risco climático, seja ele em decorrência de eventos cíclicos ou atípicos, cujos efeitos podem ser devastadores para o agronegócio.

O clima, sendo um dos principais ativos dessas fábricas a céu aberto, que são a agricultura e a pecuária, é fator de incerteza quando o assunto é a quantidade de chuva (excessiva ou escassa). O desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam responder aos riscos podem determinar a longevidade da produção.

Crescimento da Cultura do Trigo é Janela de Oportunidade à Inovação

Com impactos da semeadura à colheita, o conhecimento dos efeitos climáticos sobre as culturas é fundamental para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva, com todos os seus efeitos na esfera econômica, ambiental e social.

A cultivar BRS 404 é uma novidade que preenche uma lacuna importante, já que apresentou rendimento superior (comparado a outras cultivares), com grande resistência ao estresse hídrico. Além da alta produtividade em períodos mais secos, a cultivar da embrapa entrega uma tecnologia adequada a uma cultura cuja produção cresceu 130% no Brasil (entre 2018 e 2023).

Avanço da Produtividade do Trigo
Tabela: Embrapa Trigo
Performance da BRS 404 em relação a outras cultivares
Tabela: Embrapa Trigo

O investimento em alternativas capazes de suprir déficits hídricos, responde a diversas questões. Entre elas, as características de latitudes de cultivo que podem limitar a produtividade do país. Por outro lado, também ajuda a mitigar riscos de aquisição de produtos de áreas de conflitos (como o caso do trigo da Ucrânia).

Cultivar apresenta rendimento acima da média em tempos secos e pode ser ótima resposta a Efeitos Climáticos Adversos.

O quadro de mudanças climáticas também é um fator a ser considerado, já que pode transformar a paisagem de cultivo no caso de uma alteração importante no regime de chuvas. Além disso, com períodos de maior estiagem, a necessidade de irrigação torna-se premente. Neste caso, a resistência ao déficit hídrico também responde com redução de custos e uso racional dos recursos naturais.

Inovação é a chave para o agronegócio mais sustentável

A solução apresentada é mais um passo na sequência de inovação que marca a nova era do agro brasileiro. Mas também uma demonstração de quantos riscos estão envolvidos na produção agropecuária e a importância de pesquisa e desenvolvimento para desenvolver manejo produtivo sustentável economicamente, ambientalmente e socialmente.

O agronegócio no centro da geração de valor

A nova cultivar de trigo (BRS 404) da Embrapa, além de mitigar os riscos climáticos, mantém a produtividade em quadros adversos e faz parte da entrega de valor do agro brasileiro. A inovação tecnológica reduz custos, aumenta a eficiência (mesmo em situações adversas) e garante a sustentabilidade da cadeia produtiva sob seus pilares fundamentais (econômico, ambiental e social).

Consumidores de produtos do agro brasileiro recebem muito mais que produtos

Os consumidores dos produtos agropecuários brasileiros recebem muito mais que commodities. Cada item carrega consigo pesquisa, melhorias de manejo, uso racional dos recursos naturais, trabalho e dedicação constante às melhores práticas sustentáveis.

Assim o agronegócio torna-se gerador de valor para todas cadeias produtivas que alimenta, sendo o ponto de partida da sustentabilidade com base do sistema produtivo.


Referências

Embrapa

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