Cultura do Trigo Sequestra Carbono e Tem Balanço Negativo

Pesquisa da Embrapa em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria concluiu que o trigo sequestra carbono mais que emite na atmosfera.

O estudo, conduzido pela Embrapa Trigo, comparou as emissões durante o cultivo do trigo, o pousio de primavera (entre a colheita do trigo e a semeadura da soja), o cultivo da soja e o pousio de outono (após a colheita da soja até a entrada da cultura de inverno.

O experimento foi realizado na cidade de Carazinho (RS) com o auxílio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e contou com a utilização de uma torre de fluxo (instrumento utilizado pela universidade para medir as emissões de GEE desde a decáda de 1990). Após a análise dos dados, conclui-se que o trigo sequestra carbono mais que emite. Ou seja o cultivo apresentou balanço negativo (comparando o sequestro e emissões).

Os resultados foram animadores e podem representar mais um incremento na agricultura regenerativa brasileira. Abrindo uma nova perspectiva para a vinculação de culturas que geram créditos de carbono e as empresas mais poluidoras, que não conseguem reduzir suas emissões (devido à natureza dos produtos e processos).

Desta forma, o agronegócio passa a ter mais um ativo. Além da colheita, o crédito de carbono desponta, a cada dia, como uma nova fonte de renda para fazendas já produtivas. Especialmente as que estejam interessadas em engajar-se nas colheitas de menos emissões, com a possibilidade de serem fornecedoras deste novo e raro produto: créditos de carbono.

Os reflexos da busca de culturas que geram menos emissões também estarão presentes no balaço de impactos ambientais causados pelo crescimento do agronegócio. As iniciativas sustentáveis, pesquisa e desenvolvimento fazem a balança pender a favor do agronegócio moderno brasileiro.