Chuvas atípicas na Indonésia freiam logística e produtividade do óleo de palma
Precipitação acima do limite ideal compromete colheita e qualidade do produto final processado.

O excesso de chuvas em áreas produtoras de óleo de palma na Indonésia, um dos maiores fornecedores globais, trouxe impactos diretos para a cadeia de suprimentos.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção total foi revisada para baixo. O ponto mais crítico está na interrupção das operações de colheita e transporte, essenciais para garantir a qualidade do óleo.
Excesso hídrico e limites operacionais
Nos meses de agosto e setembro, o volume de precipitação superou em quase 100 milímetros o intervalo considerado adequado para a cultura, que varia entre 150 e 200 milímetros mensais. As chuvas intensas provocaram inundações pontuais nas plantações e dificultaram o escoamento da produção.
Com isso, operações de colheita e rotas logísticas foram interrompidas. As províncias de Sumatra do Sul e Kalimantan Ocidental, responsáveis por mais de 40% da produção nacional, estiveram entre as mais afetadas.
Relação crítica entre tempo e qualidade
O óleo de palma exige processamento rápido: os cachos colhidos devem ser encaminhados às usinas em até 24 horas para preservar rendimento e qualidade. As inundações alongaram esse intervalo, reduzindo a eficiência e comprometendo o produto final.
Revisão da safra
A estimativa oficial para a produção indonésia no ciclo 2024/25 foi ajustada para 45,5 milhões de toneladas métricas. O episódio reforça a necessidade de estratégias de mitigação de riscos climáticos e de maior capacidade de resposta logística diante de intempéries, sob pena de comprometer a continuidade do negócio.
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