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Argentina: produção de leite cresce 4%, consumo interno cai

Produção argentina deve subir para 12 milhões de toneladas em 2026, mas consumo interno pode despencar 31%.

Imagem: Istockphoto.com

O setor leiteiro argentino projeta um crescimento de 4,0% na produção para 2026, consolidando a recuperação após a severa seca de 2024. Essa expansão é sustentada pela melhora nas condições das pastagens e pelos baixos preços dos alimentos para o rebanho.

Embora as margens dos produtores tenham recuado levemente em relação ao ano anterior, elas ainda permitem uso intensivo de ração por litro produzido, elevando a produtividade média por vaca. Com isso, a produção total deve alcançar cerca de 12 milhões de toneladas, superando os picos registrados antes da crise de custos e clima de 2024.

Sem consumo dométisco sobram transformação e exportação

Apesar da recuperação no campo, o consumo doméstico de leite fluido segue em queda acentuada. Em 2026, a demanda interna deve ser 31% menor que em 2023, refletindo o impacto da crise econômica sobre o poder de compra das famílias.

Sem compradores locais suficientes, a indústria prioriza a transformação do excedente em leite em pó integral (WMP) para exportação. Para evitar o colapso dos preços internos, os produtores argentinos pretendem ampliar as vendas externas de WMP. As exportações devem crescer 7% em 2026, atingindo 145 mil toneladas.

No entanto, mercados-chave como Brasil e Argélia sinalizam pouca ou nenhuma disposição para aumentar suas importações, o que limita o potencial de expansão. Esse cenário reforça a dependência da Argentina de mercados externos, enquanto o consumo interno permanece fragilizado.

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