Pecuária leiteira australiana foca na produtividade
Tendência de menos fazendas e mais eficiência deve gerar crescimento de 1,8% na produção australiana em 2026.

O setor leiteiro australiano projeta um crescimento de 1,8% na produção para 2026, mesmo diante de fechamento de propriedades menores e menos rentáveis. Pois elas cedem espaço a unidades produtivas maiores e tecnificadas, que aproveitam o cenário de chuvas favoráveis e custos controlados para elevar a oferta nacional.
Produtividade é o indicador principal
A trajetória da pecuária de leite na Austrália, em 2026, será marcada por uma redução drástica na base produtora, com um recuo de 71% no número de fazendas em pouco mais de duas décadas.
Esse movimento não significa retração, mas sim uma busca por sobrevivência econômica, onde apenas os negócios com maior capacidade de investimento e gestão eficiente de recursos permanecem ativos.
Em 2026, a produção total de leite deve alcançar 8,65 milhões de toneladas, após a queda registrada em 2025.
Pastagens recuperadas
Após desafios climáticos recentes, a recuperação das pastagens no sul da Austrália e em Victoria cria um ambiente propício para a recomposição do plantel.
Com preços de grãos e feno em níveis competitivos, os produtores que permaneceram na atividade conseguem manter margens saudáveis, focando na produtividade individual por matriz para garantir a rentabilidade.
Chuvas acima da média em 2025 favoreceram a produção em Victoria e Austrália do Sul, enquanto custos de alimentação mais baixos sustentam a expansão do volume em 2026.
Infraestrutura preparada
A estrutura industrial australiana acompanha a mudança no campo, concentrando-se na fabricação de produtos de alta demanda externa, como queijo e manteiga.
A eficiência logística e a proximidade com os mercados asiáticos são fundamentais para que o país mantenha sua relevância global, compensando a menor flexibilidade de sua base produtora consolidada.
Em 2026, as exportações de leite em pó desnatado (SMP) devem permanecer estáveis em 155 mil toneladas, enquanto a produção de manteiga deve se manter em torno de 535 mil toneladas, sem crescimento adicional.
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