USDA prevê crescimento de 0,4% na produção mundial de leite
O ano de 2026 para o setor lácteo será de crescimento, com destaque para a produção de queijos e o foco na eficiência das fazendas.

O setor lácteo mundial deve registrar um incremento produtivo de 0,4% em 2026 entre os principais exportadores. Esse avanço é sustentado pela expansão da produção nos Estados Unidos, Argentina e Austrália, que compensam as perdas projetadas na Europa e Oceania. O aumento da capacidade de processamento industrial e a demanda aquecida por queijos são os principais motores desse movimento.
Veja os maiores produtores de leite do mundo
Em alta: EUA (+1,2%), Argentina (+4,0%) e Austrália (+1,8%)
A pecuária leiteira norte-americana deve crescer 1,2% em 2026, impulsionada pelo aumento dos rebanhos para atender novas plantas industriais. Na Argentina, a alta prevista de 4,0% reflete a recuperação das pastagens e custos de alimentação mais baixos, superando gargalos climáticos recentes. Já a Austrália espera um salto de 1,8%, com chuvas favoráveis no sul ajudando a recompor o plantel leiteiro.
- Produção nos EUA deve atingir 106,2 milhões de toneladas.
- Argentina projeta alcançar 12 milhões de toneladas em 2026.
- Austrália deve produzir 8,6 milhões de toneladas de leite fluido.
Em baixa: União Europeia (-0,5%) e Nova Zelândia (-0,5%)
O bloco europeu enfrenta o segundo ano consecutivo de retração, com queda estimada em 0,5% na produção para 2026. O cenário é semelhante na Nova Zelândia, onde a redução do rebanho e o menor crescimento das pastagens limitam o volume entregue. Em ambas as regiões, ganhos pontuais em produtividade por vaca não são suficientes para barrar o encolhimento da base produtiva.
- Rebanho neozelandês deve ficar abaixo de 4,7 milhões de cabeças.
- União Europeia deve produzir 144,8 milhões de toneladas.
- Preços ao produtor na Europa subiram 12% em comparação anual até agosto de 2025.
Tendências: consolidação, clima e políticas ambientais
A continuidade dos negócios no setor passa por uma forte consolidação, especialmente na Europa e Austrália, onde fazendas menores deixam a atividade. Políticas ambientais rígidas, como taxas sobre carbono na Dinamarca, pressionam os custos e forçam a redução dos rebanhos europeus. Além disso, questões sanitárias e a falta de sucessão familiar seguem como desafios críticos para o futuro da produção global.
- Número de fazendas leiteiras na Austrália caiu 71% entre 2002 e 2024.
- Indústrias europeias priorizam queijos em vez de manteiga e leite em pó.
- Consumo interno na Argentina deve ficar 31% abaixo dos níveis de 2023.
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