Estratégia para Recuperar Pastagens Degradadas
Descubra como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é a chave para recuperar pastagens degradadas, aumentar a produtividade e reduzir os impactos ambientais. Conheça os benefícios econômicos e ambientais dessa prática e como ela pode impactar nas áreas degradadas.

Integrar Pecuária, Lavoura, Floresta e Inovação é a Melhor Estratégia para Recuperação de Pastagens Degradadas.
A recuperação de pastagens degradadas tornou-se uma das saídas emergenciais para o Brasil aumentar sua produção sem desmatamento. As pastagens degradadas são áreas que já foram produtivas, mas dependem de uma reforma ou recuperação.
Em virtude das regras cada vez mais rígidas quanto à rastreabilidade da cadeia produtiva, faz-se necessário uma boa estratégria de crescimento que não comprometa o acesso aos mercados mais ricos. O que inviabilizaria o avanço do agronegócio.
O enorme potencial das pastagens degradadas somente poderá ser atingido se o Brasil, de forma estratégica, conseguir reaproveitar estas áreas com rentabilidade ao produtor e sustentabilidade no longo prazo.
O Custo da Recuperação de Pastagens
As necessidades de recuperação ou reforma vão definir os custos necessários para que as pastagens possam ser produtivas novamente. Desta forma, escolher a estratégia para recuperar a pastagem torna-se um desafio econômico.
Já que o custo inicial pode ser inibidor, se a perspectiva de retorno não for na mesma proporção. Desta forma, é necessário considerar a sustentabilidade sob o aspecto econômico, social e ambiental, para que a atividade seja lucrativa no longo prazo e os produtores tenham condições de manter a terra produtiva.
Recuperar uma pastagem degradada requer um grande investimento inicial para devolver à terra sua fertilidade. Por isso, planejar a diversificação do portfolio de produtos, bem como reduzir os riscos da atividade torna-se imprescindível para que a estratégia prospere.
A Importância da Pesquisa e Desenvolvimento para Recuperação de Pastagens
A Embrapa desenvolveu um protocolo que permite a simulação da produção do pasto e das taxas de lotação animal, além de estimar o risco climático associado à disponibilidade de alimentos para o gado.
Dessa forma é possível controlar a capacidade da pastagem de suportar a atividade, bem como planejar a demanda de suplementação (por fenação e ensilagem), atendendo à exigência calórica permanente dos animais, mesmo nos períodos de baixa produtividade de forragem.
O estudo oferece subsídios sobre a produção de pastagens sob diversas condições ambientais e tecnológicas, que devem embasar políticas públicas, decisões de negócios e investimentos.
A metodologia permite determinar os melhores locais para investir em recuperação de pastagens e pode ser integrado ao fomento da adoção de sistemas ILPF, que diversificam a produção agrícola do Brasil.
A Integração ILPF como Solução
A Embrapa Agrossilvipastoril publicou os resultados de um ciclo de 12 anos de pesquisa sobre o sistema ILPF. O estudo ajudou a compreender a dinâmica única de cada fazenda e como as variáveis interagem em cada unidade, com foco na silvicultura.
Informações como: destinação da madeira, mercado consumidor, forma de colheita, uso das árvores como adição ou substituição de renda, características da propriedade etc, são utilizadas para determinar a melhor estratégia de negócio, bem como mensurar a pegada de carbono.
A adoção de uma tividade de ciclo longo, como a produção de madeira, pode compor a matriz financeira da atividade tanto como reserva de valor como receita de maior valor agregado.
Mas a melhor notícia é que o plantio de madeira em áreas degradadas, requer menor investimento, em virtude das demandas da árvore em relação a outras culturas agrícolas.
Convergência de Ideias
Os dois estudos complementam ações de recuperação de pastagens que adicionam valor ao agronegócio brasileiro através do método produtivo integrado, que alia produtividade, eficiência, diversificação e respeito ao meio ambiente.
Um acordo feito entre Embrapa Agricultura Digital e Associação Rede ILPF pode dar capilaridade às boas práticas sustentáveis pela distribuição via Semear Digital, centro virtual financiado pela FAPESP.
O trabalho envolve a parceria do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, IAC Instituto Agronômico, Instituto de Economia Agrícola, Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel e Universidade Federal de Lavras.
Capacitação Técnica e Monitoramento Remoto
A iniciativa apresenta os sistemas ILPF como estratégia para recuperação de pastagens de baixa produtividade aos distritos agrotecnológicos (DAT) participantes do Semear Digital.
O programa capacita agentes através de plataforma digital de aprendizagem, dias de campo, acompanhamento e assistência técnica de produtores. E monitora a mudança do uso da terra por meio de sensoriamento remoto.
Estratégia Busca Diversrificar e Reduzir Riscos
A convergência dos estudos, iniciativas e publicações ajuda a recuperar áreas degradadas sob os pilares da sustentabilidade (ambiental, econômico e social), com produção agrícola consorciada à silvicultura e pecuária.
A busca por eficiência em todos os processos é a melhor forma de oferecer segurança aos produtores, que investem com menores riscos e mais rentabilidade ao capital, enquanto promovem captura e armazenamento de carbono integrados ao processo produtivo.