🇧🇷 A Transição Energética no Agronegócio já Começou

O Agro Brasileiro segue Liderando as Ações Rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização da Economia com Ações de Alto Impacto.

Agronegócio brasileiro inicia a transição energética e ruma à descarbonização do processo produtivo. Imagem: Istockphoto

O Agro Brasileiro segue Liderando as Ações Rumo ao Desenvolvimento Sustentável, com Ações de Alto Impacto.

A geração de energia é um dos maiores gargalos das nações desenvolvidas para atingirem metas de descarbonização de suas economias. Ao contrário do Brasil, que já possui cerca de 60% de sua energia gerada de forma renovável.

O agronegócio, especialmente a pecuária, é apontado com um dos grandes emissores dos gases do efeito estuda (GEE). No entanto, o setor é um dos que mais avança em desenvolvimento sustentável e preservação ambiental.

Atividades Produtivas que Sequestram e Fixam Carbono

O setor é responsável por um grande volume de produção e altíssimo impacto na balança comercial brasileira mas, além disso, está o impacto ambiental. No caso do agro brasileiro um impacto altamente positivo.

Recorte das Exportações do Agro segundo os dados da CEPEA Esalq Usp
Fonte: CEPEA/Esalq USP

Com o investimento em pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias e boas práticas de manejo, o Brasil conseguiu atingir um novo patamar de produção sustentável na agricultura e na pecuária. Voltando o framework produtivo do agro brasileiro à sustentabildade.

Prova disso é a grande variedade de manejos consorciados e sistemas integrados de produção, como os ILPF, que ajudam a melhorar a rentabilidade da propriedade, proteger a biodiversidade, oferecer bem-estar animal e aumentar a produtividade (com efeitos comprovados pelos estudos da Embrapa).

Plantas mais Eficientes e Controle de Pragas

O desenvolvimento de plantas resistentes ao estresse hídrico, a criação de bioinsumos e cultivares mais resistentes a pragas e eficientes em aproveitamento dos recursos, também fazem parte das ações de impacto do agronegócio.

Esta tecnologia, além de garantir melhor qualidade aos produtos, aumenta a eficiência e a rentabilidade da atividade. Que vai se converter em atratividade e maiores investimentos para que as culturas sigam evoluindo com as inovações. Em suma, maior escala de produção, produtos melhores e preços menores.

O que Isso tem a Ver com a Transição Energética?

Imagem de carro em, posto de combustíveis abastecendo com biocombustivel.
Imagem: Istockphoto

Toda esta tecnologia está disponível para a produção de soja, milho, trigo e outras lavouras que, durante seu ciclo produtivo, auxiliam no sequestro e fixação de carbono no solo, fixação de nitrogênio e melhora na qualidade geral do meio ambiente.

O Brasil, dominante na tecnologia de produção de biocombustíveis, está bem menos exposto a riscos. Por causa de sua capacidade de produzir etanol da cana, milho e trigo. Além disso, ainda produz o biodiesel como mais uma peça neste quebra-cabeças da transição energética.

O que coloca o país numa condição de vantagem pela capacidade de produção, eficiência, e pelo fato de os biocombustíveis serem um ativo de maior valor interno, já que o petróleo é a moeda dominante no mercado externo.

Transição Energética e Descarbonização estão Interligadas

Descarbonização da Economia está ligada à transição energética.
Imagem: Istockphoto

A descarbonização da economia não é sobre a interrupção de atividades de grande emissão. Pois isso pode inviabilizar a economia mundial. É sobre as atividade voltadas para o balanço de carbono, que envolvem emissões, sequestro, fixação e armazenamento.

Em consequência do impacto positivo no balanço de carbono é que os biocombustíveis são uma grande fonte de energia renovável e altamente descarbonizante. Razão pela qual a descarbonização está interligada à transição energética.

O Brasil, que já tem a geração de energia elétrica mais limpa que grandes potências mundiais, pode lançar mão dessa ação de alto impacto para a economia verde, que é a transição de combustíveis fósseis para biocombustíveis. O que deve trazer efeitos benéficos, ainda no curto prazo.

Frota Preparada para a Transição dos Biocombustíveis

Segundo os dados da Anfavea, nos últimos 10 anos, mais de 90% dos veículos comercializados é flex, ou seja, funcionam com gasolina ou etanol. O que dá a dimensão da capilaridade potencial e da necessidade de estoques para uma transição energética segura.

Além disso, grandes empresas como a JBS e a Amaggi já anunciaram investimentos na frota de veículos, com vistas à aquisição de caminhões movidos à biodiesel. Como parte de suas ações ESG voltadas à descarbonização do processo produtivo.

A John Deere anunciou a produção de motores movidos a etanol para tratores e maquinários agrícolas. Segundo a empresa, os veículos serão eficientes mesmo com o consumo de etanol sendo maior que o diesel.

Transição Energética no Setor Logístico tem Grande Impacto

Frota de caminhão avança sobre a estrada em sol poente.
Imagem: Istockphoto

Além das culturas e do manejo (que sequestram e fixam carbono) o agronegócio avança na descarbonização do processo produtivo. Neste caso, com ações efetivas no setor logístico. A transição energética na frota de grandes empresas é um passo importante no framework ESG de alto impacto.

Seja por conta da grande capilaridade ou da geração de valor, o modelo serve de incentivo a outras empresas, para mudarem suas frotas. O que surte um efeito benéfico na escala de produção de veículos pesados movidos a biocombustíveis, trazendo a reação em cadeia e ciclos de inovação do desenvolvimento de mercados.

Veja também nosso artigo: Sustentabilidade, a Energia do Agronegócio


Referências

Embrapa Biodiesel Anfavea John Deere Brasil

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