Contrastes de produção: trigo argentino e girassol ucraniano em direções opostas
Enquanto a América do Sul projeta safra recorde de trigo, oleaginosas no Leste Europeu enfrentam queda significativa na área colhida e no rendimento.

O relatório de Produção Agrícola Global do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revela divergências marcantes entre algumas das principais commodities.
América do Sul e Leste Europeu seguem trajetórias distintas na safra 2025/26: o trigo argentino avança para um volume histórico, enquanto a Ucrânia registra forte retração na colheita de semente de girassol.
Recorde de trigo impulsiona Argentina
O desempenho do trigo na Argentina nesta temporada foi robusto. A projeção oficial aponta para 24,0 milhões de toneladas métricas (MMT), um crescimento de 30% em relação ao ciclo anterior. O rendimento esperado é de 3,69 toneladas por hectare (t/ha), também um recorde nacional.
Dados preliminares indicam que chuvas acima da média durante os estágios críticos de floração, entre setembro e outubro, foram determinantes para o resultado. A dinâmica reforça a importância da disponibilidade hídrica natural para a alta produtividade.
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Recuo nas oleaginosas da Ucrânia
Na Ucrânia, o cenário é de retração. A produção de semente de girassol está projetada em 10,5 MMT, queda de 19% frente à temporada anterior. A redução decorre tanto da menor área colhida quanto da queda na produtividade, estimada em 1,88 t/ha. O recuo evidencia a vulnerabilidade das oleaginosas às condições climáticas e operacionais.
Trigo russo compensa desempenho regional
Na Rússia, o trigo mantém trajetória positiva, em contraste com a oleaginosa ucraniana. A produção total está estimada em 87,5 MMT, crescimento de 7% em relação ao ano anterior. O avanço foi garantido por rendimento recorde do trigo de primavera, compensando a redução da área plantada. O resultado reforça o papel da Rússia como um dos principais fornecedores globais de cereais.
Sensibilidade do mercado global
As oscilações de produção em commodities vitais no Leste Europeu e na América do Sul demonstram a forte dependência do mercado agrícola mundial em relação a fatores climáticos e operacionais. A cada safra, a adaptabilidade das cadeias de valor torna-se essencial para garantir estabilidade e competitividade.
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