HomeSustentabilidade Planta da tequila produz etanol e vai transformar agricultura no semiárido

Planta da tequila produz etanol e vai transformar agricultura no semiárido

Pesquisadores estudam o uso das plantas do gênero Agave para produzir etanol e alimentação animal. A novidade deve levar prosperidade às regiões de baixo IDH.

O estudo inclui também outras variedades promissoras do gênero Agave mantidas no Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa, para produção de biomassa. Imagem: Embrapa.
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Inovação voltada ao Semiárido

O cenário desafiador do semiárido exige inovação para trazer produtividade e sustentabilidade. Prova disso são os resultados incríveis que as pesquisas trouxeram como: irrigação da manga palmer, melhoramento do gado Sindi, cultivar de uva branca adaptada e manejo de caprinos na seca.

Dando sequência a essa cadeia de inovação voltada ao agronegócio do semiárido, a parceria entre Embrapa Algodão (PB) e Santa Anna Bioenergia (BA) desenvolveu tecnologia para produção de etanol a partir de plantas do gênero Agave, em especial a Agave tequilana (planta da tequila) e a Agave sisalana (sisal).

Redução de resíduos e sequestro de carbono

O estudo se concentrou na Agave tequilana e outras variedades do gênero Agave (incluindo Agave sisalana), ambas resistente à seca e adaptadas ao clima semiárido. Atualmente utilizadas para produção de cordas, tapetes, carpetes e construção civil, as variedades demonstraram múltiplas aplicações:

  • Produção de etanol
  • Alimentação animal
  • Créditos de carbono
  • Desenvolvimento regional

O processo produtivo do etanol gera resíduos que podem ser utilizados na produção de forragem para alimentação do gado. O ciclo descarbonizante é efeito tanto do usos dos biocombustíveis quanto do reciclo dos resíduos. Mas os benefícios não param por aí, já que a produção de etanol traz consigo a agroindústria e sua massa salarial.

Desenvolvimento econômico regional e sustentabilidade

Apesar do ciclo longo das culturas do gênero Agave, em relação à cana-de-açúcar, há compensação com o desenvolvimento da agroindústria para o refino do etanol, além da pesquisa agropecuária para o melhoramento das plantas. Além disso, a diversificação das culturas adaptada ao clima semiárido amplia a atratividade do agro regional para mais investimentos.

A pecuária também se beneficia, com uma opção de forragem que não demanda novo ciclo de plantio, já que é um residual da produção de biocombustível. O maior desafio, neste caso, é a escala de produção de combustível, que definirá a disponibilidade desse complemento para a dieta de ruminantes.

O crescimento do agronegócio na região aumenta o interesse de produtores, valoriza as terras e exige maior grau de tecnificação, que demanda maior investimento na formação de mão de obra. O que, por sua vez, eleva o padrão dos salários e rendimento dos produtores, com efeitos no desenvolvimento econômico das cidades.

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