Frango Lidera Comércio Global de Carnes; Boi e Porco Recuam no Mercado
Projeções do USDA para 2026 indicam que a carne de frango atingirá um pico histórico nas exportações mundiais, enquanto as remessas de bovinos e suínos devem diminuir.
O comércio global de carne viveu uma série de mudanças notáveis desde 2019. De fato, o ritmo de crescimento, antes estável, alterou-se profundamente no período recente.
Tendências Globais de Exportação
Projeções apontam para uma queda nas exportações de carne bovina e suína pelos principais países exportadores em 2026. O mercado indica retração nesses segmentos após um breve crescimento. Em contraste, as remessas de carne de frango devem manter a trajetória ascendente.
A expectativa é que o volume atinja um nível recorde no próximo ano, solidificando sua posição. Para o próximo ciclo, a oferta de carne bovina deve ficar mais restrita na Oceania e no Brasil. Essa limitação no fornecimento influencia as projeções de exportação para 2026.
Dinâmica do Mercado Suíno e a Peste Suína Africana
O comércio de carne suína teve um aumento acentuado em 2019 e 2020. Este crescimento impulsionou o comércio mundial de carnes, um movimento que não pode ser ignorado. A alta foi motivada pela maior demanda da China. Surtos de Peste Suína Africana (PSA) dizimaram a produção doméstica chinesa, criando um vácuo no mercado.
Veja quem são os maiores produtores de carne suína
Em 2020 e 2021, o volume de carne suína comercializada ultrapassou o volume da carne bovina no cenário global. É um reflexo claro do impacto da doença no fornecimento global. Contudo, o comércio mundial de carnes recuou em 2022 e 2023. Isso aconteceu pois a queda na demanda chinesa por carne suína não foi totalmente compensada pela expansão das outras carnes.
Custos e Saúde Animal Pressionam a Retomada
Houve uma recuperação nos volumes exportados globalmente em 2024 e 2025. Os ganhos ocorreram em todos os tipos de carne, demonstrando resiliência do setor. Essa melhora coincide com a queda nos preços da alimentação animal no mercado global.
Além disso, houve menos surtos de doenças relevantes nos grandes países produtores. O crescimento recente foi notável devido às fortes importações de carne bovina pelos Estados Unidos. A produção doméstica americana estava mais baixa no período, abrindo espaço para o produto importado.
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