Fermentação Líquida Submersa: Método Produz Biopesticidas Mais Eficazes, Baratos e Flexíveis.
A nova metodologia de produção de biopesticidas à base de biomassa fúngica agrega inovação ao mercado de biotecnologias de controle de pragas. Eficácia, economia e flexibilidades são as principais características.
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A busca por mais sustentabilidade da cadeia produtiva agropecuária tem impulsionado a demanda por inovações, especialmente no campo das biotecnologias. O mercado de biopesticidas no Brasil, por exemplo, está em constante busca por alternativas mais sustentáveis aos pesticidas químicos.
Novas ferramentas surgem, assim como novas alternativas às tecnologias vigentes são associadas. Gerando um ambiente cada vez mais promissor em termos de sustentabilidade integrada aos processos produtivos.
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A nova aposta em biotecnologia para o manejo integrado de pragas é a fermentação líquida submersa, uma metodologia alternativa à fermentação em substrato sólido para a produção de fungos entomopatogênicos, espécies que se destacam produção de biopesticidas, devido à sua capacidade de controlar pragas agrícolas.
Fermentação Líquida Submersa
A fermentação líquida submersa surge como uma metodologia mais eficiente e viável para o controle de pragas através da produção de biomassa fúngica. Já que oferece maior controle das condições de cultivo e maior eficiência na produção em larga escala.
A metodologia demonstrou ser mais eficaz no uso de recursos e tempo, em relação à fermentação em substrato sólido. Além de ser mais eficiente no controle de diversas pragas, pois possibilita a criação de diferentes tipos de propágulos com finalidades específicas.
“A tecnologia permite a produção de diversos tipos de propágulos, como blastosporos, conídios submersos, microescleródios e micélio, adaptados para diferentes necessidades e condições de aplicação no campo”, explica Patrícia Golo, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
A fermentação líquida submersa ainda permite o controle mais rigoroso das condições de cultivo, o que acrescenta características essenciais aos biopesticidas como: produtos finais mais puros e ativos biologicamente.
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Outras Características da Fermentação Líquida Submersa:
- Estabilidade e Qualidade: Permite um controle preciso de temperatura, pH e oxigênio, resultando em propágulos mais estáveis e de alta qualidade.
- Otimização do Processo: As condições podem ser ajustadas para otimizar o crescimento e a produção de metabólitos secundários dos fungos, aumentando a eficácia dos biopesticidas.
- Escalabilidade: Facilita a produção em grande escala de biomassa fúngica, atendendo à crescente demanda por biopesticidas.
Impactos na Economia
As pragas agrícolas têm causado grandes prejuízos econômicos e ameaçam a segurança alimentar. Além disso, o quadro de mudanças climáticas vem gerando condições ambientais propícias ao surgimento e proliferação de pragas, inclusive quarentenárias.
O uso contínuo de muitos químicos de base semelhante também tem trazido a indesejável resistência de pragas, bem como o manejo incorreto de plantas geneticamente modificadas pode causar sérios danos à eficácia dos defensivos.
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Neste aspecto, os biopesticidas oferecem uma alternativa mais sustentável para o controle dessas pragas, assim como um auxílio para o uso excessivo, cada vez mais ineficaz, de químicos tradicionais.
No entanto, a adoção da fermentação líquida submersa ainda enfrenta desafios, como a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Questões que podem ser superadas pelo grande potencial para a produção de biopesticidas de alta qualidade e custo competitivo, além do impacto na reputação do setor agropecuário e suas redes de valor.
Impactos na Sustentabilidade
O investimento em pesquisa para as micopesticidas oferece uma alternativa mais sustentável aos pesticidas químicos, com menor impacto ambiental. Gerando, ainda, uma redução de custos com menor exposição dos aplicadores aos riscos.
“Para superar os desafios práticos, é essencial uma abordagem integrada e multidisciplinar, envolvendo colaboração entre a academia e o setor privado. Essa sinergia pode acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras, garantindo que os micopesticidas cumpram seu potencial na proteção de culturas e no controle sustentável de pragas, diz Mascarin.
Menores custos e menores riscos sem abrir mão da qualidade das lavouras e também da qualidade de vida dos operadores. É a sustentabilidade sendo integrada ao processo produtivo a partir de novas tecnologias de manejo, criando um ambiente seguro, do cultivo ao consumo.
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