Uma tecnologia de manejo sustentável desenvolvida pela Embrapa ajuda a absorção de fósforo pelas plantas com ganhos de produtividade que chegam a 14%. Considerando as safras onde o produto foi testado, os ganhos de produtividade já somam R$ 4 bilhões de reais.

A pesquisa agropecuária brasileira avança de forma acelerada para o desenvolvimento de biotecnologias com impactos positivos na produtividade e nos ganhos financeiros, sem contar os impactos ambientais positivos com a redução de químicos e valorização de soluções biológicas.

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Agora foi a vez do BiomaPhos, inoculante solubilizador de fosfato, demonstrar seu potencial.  Em cinco anos de estudo (desde a safra 2018/19) o produto já totaliza 10 milhões de hectares atendidos com aumento de produtividade comprovada em diversas culturas.

 “Além de ser uma solução tecnológica inovadora e sem precedentes no mercado, o solubilizador de fosfato é possivelmente o maior caso de sucesso de adoção de uma tecnologia da Embrapa nos últimos anos”.

Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Com efeitos comprovados nas lavouras de milho, soja, cana-de-açúcar e feijão, a tecnologia acumula (aproximadamente) R$ 53 milhões de reais em custos de desenvolvimento e um valor de R$ 4,2 bilhões de reais em aumento de produtividade. O que demonstra seu potencial também no pilar econômico da sustentabilidade.

“A confirmação da eficiência do produto nos dois primeiros anos resultou no grande sucesso na safra 2020/2021, quando alcançou a marca de 2,45 milhões de hectares. Em 2021/2022, chegou a 2,77 milhões de hectares e, na safra seguinte, alcançou novo recorde com quase 4 milhões de hectares de área plantada. A expectativa é que em 2023/2024 a área de adoção de inoculantes solubilizadores de fosfato com tecnologia da Embrapa ultrapasse 5 milhões de hectares”.

Rubens Augusto de Miranda, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Ganhos de Produtividade Observados com o BiomaPhos

• Milho: ganho médio de produtividade por hectare de 8,9%;
• Soja: ganho médio de produtividade por hectare de 7%;
• Cana-de-açúcar:  ganho médio de produtividade por hectare de 14%;

Como Funciona o Bioinsumo Inoculate BiomaPhos

O fósforo é um elemento essencial para o crescimento das plantas. Muitas vezes não está presente em grandes quantidades no solo, mas em outras, mesmo um estoque abundante permanece inerte, o que demanda um auxílio para aproveitá-lo.

Preenchendo esta lacuna, o inoculante atua facilitando a absorção do fósforo (P) através da atuação das bactérias solubilizadoras de fosfato. A solução é líquida e pode ser utilizada no tratamento das sementes ou aplicada em jatos nos sulcos da semeadura.

“Em alguns solos de plantio direto, cerca de 88% do fósforo encontra-se em forma orgânica, indisponível para ser absorvido pelas raízes, e precisa ser mineralizado para esse fim. As bactérias solubilizadoras de fosfatos conseguem disponibilizar o elemento para a planta, atuando de forma agronômica nesse grande estoque presente na natureza”.

Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

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Brasil Exporta Tecnologia de Manejo

Considerada uma solução disruptiva, o inoculador avança no mercado brasileiro com expectativa de atingir 5 milhões de hectares na safra 2023/24. Além disso, o produto já foi registrado para uso no exterior, com participação na produção de milho dos Estados Unidos, principal commodity agrícola do país.

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“Ela começou a ser avaliada nos Estados Unidos em 2022, quando obteve a liberação de uso em 14 estados americanos, incluindo os que compõem o chamado Cinturão do Milho, o Corn Belt”.

Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Além dos Estados Unidos, países como Alemanha e Canadá, Argentina, Paraguai, Bolívia e Costa Rica já registraram o BiomaPhos. Demonstrando o potencial de valor da pesquisa agropecuária brasileira e do avanço do nosso agronegócio na incorporação da sustentabilidade ao processo produtivo.

“A tecnologia foi validada no campo nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha com ganhos médios de produtividade de 17 sacas de milho por hectare nas áreas avaliadas e de 10 sacas de soja por hectare”.

Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Além da internacionalização, as pesquisas também avançam na validação da tecnolgia para algumas das principais culturas brasileiras como: sorgo, arroz, tomate e batata.

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